MPF faz acordo na ACP da Praia do Saco
Demorou, mas aconteceu. Depois de anos de briga judicial, empurra-empurra institucional e prefeitos que trataram a Praia do Saco como problema dos outros, finalmente entrou ordem na orla, com acordo, regra, fiscalização e responsáveis assumindo o que ninguém quis enfrentar. Porque inaugurar quiosque é fácil; difícil é sentar com MPF, Governo do Estado, União e órgãos ambientais e dizer: “vamos arrumar isso, doa a quem doer”. André Graça disse. E Fábio Mitidieri bancou.
Por décadas, a Praia do Saco virou depósito de omissões: ocupações irregulares, confusão fundiária, improviso. Gilson Andrade teve oito anos. Ivan Leite, oito. Carlos Magno, quatro. Tempo não faltou; coragem política, sim. Com André Graça e Fábio Mitidieri, a página virou, por trabalho, articulação e vontade de enfrentar o que sempre foi empurrado.
E não se trata de “liberar a Praia do Saco para hotéis”. Acordo judicial não é alvará pra prédio na areia. O que se conquistou foi bem maior: encerrar a ACP principal; manter ações paralelas sem salvo-conduto para quem errou; e montar uma estrutura de gestão ambiental e urbanística que obriga Estado, Município, União, IBAMA e ADEMA a trabalhar juntos, com prazo, meta e relatório. Não é “liberou geral”; é “liberou com regra, mapa e lupa do MPF”.
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