Tem gente na PMA que não tem pena do Negão. Estão depenando o “pato” :: Por José Lima Santana
Política, Etc. & Tal :: Por José Lima Santana
José Lima Santana(*) - jlsantana@bol.com.br
Sexta-feira. E o mundo continua em convulsão. Atentados que não cessam sob o comando do Estado Islâmico e grupos a ele associados. As forças que operam contra o EI não conseguem vitórias dignas de nota.
China
A China assusta o mundo econômico. Desvaloriza a sua moeda, para poder vender mais pelo mundo afora. Logo, os seus produtos não encontram competição em termos de preços. E isso serve para sangrar a economia de outros países, ainda mais. O mundo econômico é terrível. O comunismo chinês tornou-se altamente capitalista. Pobre Karl Marx!
Dilma na berlinda
Entre nós, a situação política ainda é drástica. O governo federal, enfraquecido, procura uma tábua de salvação. Ou melhor, várias tábuas. Bem. O que acontecerá nos próximos dias? Esperemos. O PMDB se divide. Renan Calheiros, de um lado, se reaproxima do governo Dilma. Obra de Temer? Obra de Lula? Obra de empresários, que não querem detonar tudo e, assim, preferem a conciliação? Vai-se saber! Do outro lado, Eduardo Cunha está sendo jogado contra a parede. Ou seja, contra Renan. Raposa contra raposa.
De armas na mão
O presidente da CUT foi longe, longe demais, no discurso de ontem, ao lado de Dilma Rousseff, que, por seu turno, procurou minorar o petardo cutista. Disse o presidente da CUT que os trabalhadores devem defender o governo federal de armas nas mãos. Retórica? Depois do estrago feito, o sujeito saiu-se com uma nota dizendo que foi mal interpretado. E foi?
Impeachment
Motivos para o impeachment de Dilma? Juridicamente, não vejo nada. Ainda não.
Sergipe
Em Sergipe continua o descontentamento dos servidores públicos. Do mesmo modo, continuam as dificuldades financeiras do Estado e de muitos Municípios. Regra mais ou menos geral por todo o país. Em 1993, quando eu fui secretário de Administração de Aracaju, os colegas de Vitória (ES), Estanislau, e de Belo Horizonte (MG), Fernando Pereira, apresentaram estudos nos quais se verificava que por volta de 2018 ambas as Prefeituras teriam dificuldades para quitar as respectivas folhas de pagamento, em face do crescimento vertiginoso das mesmas. O Estado brasileiro, como um todo, enfrenta problemas de caixa. Más gestões financeiras acumuladas ao longo dos anos. O reflexo veio agora.
João Alves e as bombas no ano anterior à eleição
1 O lixo
Em Aracaju, mais uma vez, a empresa coletora do lixo suspende a coleta. Pelo terceiro dia consecutivo. Falta de pagamento de uma dívida, que, segundo a imprensa, beira os R$ 30 milhões. Um absurdo! O que vem fazendo a administração municipal? No quase fim do terceiro ano da gestão de João Alves, eis que a situação ainda não foi contornada? Puxa! É lixo puro.
2 Os “pardais”
Do mesmo modo, no terceiro ano é que vão ser recolocados os famosos “pardais”, para controlar a velocidade no trânsito e, evidentemente, para voltar a carga de multas. Na gestão passada, os partidários de João Alves distribuíram adesivos para os carros com a seguinte inscrição: “Visite Aracaju. Ganhe uma multa”. E agora? Por que não cuidaram de recolocar os “pardais” nos dois primeiros anos de gestão? Politicamente, para um prefeito que pretende ir à reeleição, isso é uma bomba de efeito retardado. Vai lascar com o prefeito, eleitoralmente.
E os “pardais” vão cantar no bolso dos motoristas desavisados. Besteira. É só uma contribuição para os cofres públicos municipais.
2 Quem avisa, amigo é
Há quanto tempo, no Jornal da Cidade e aqui no ClickSergipe, eu venho falando sobre situações desconcertadas da administração de João Alves? Só ele não enxerga isso. Vai pagar o pato. Tem gente na PMA que não tem pena do Negão. Estão depenando o “pato”. Vôte!
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(*) Advogado. Mestre em Direito. Professor do Curso de Direito da UFS. Membro da Academia Sergipana de Letras e do IHGSE.
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