FPI/Sergipe: Dois matadouros de Porto da Folha são interditados por abater animal de forma irregular, sem qualquer higienização
Houve autuação do MPT pela constatação de trabalho infantil e da Adema por crime ambiental, já que os animais eram abatidos de forma dolosa, com uso da marreta.
FPI/Sergipe: Dois matadouros de Porto da Folha são interditados por abater animal de forma irregular sem qualquer higienização (Imagem: Assessoria FPI/SE)
Em mais um dia de atuação da FPI de Sergipe, a equipe Abate constatou dois matadouros que funcionavam de forma irregular, em condições insalubres. Nesses estabelecimentos clandestinos, por exemplo, os animais eram abatidos (cortados) no chão, não havia uso de gancho para suspender as carnes.
Os estabelecimentos clandestinos, localizados - um no povoado Lagoa Grande e outro na área urbana - no município de Porto Folha, foram interditados pela FPI, além de serem autuados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) pela constatação de menores trabalhando no local e, pela Adema por crime ambiental, já que os animais eram abatidos de forma dolosa, com uso de marreta.
Um dos abatedouros funcionava, inclusive, num curral. Durante a ação da FPI nesse domingo, 27, a equipe Abate, composta pelo MP/SE, Divisa, Emdagro, Crea, PM/SE, Adema, SRTE, SFA, MPT e PRF, visitou ainda o mercado municipal da região, onde foram apreendidos peças de fígado que estavam impróprias para o consumo humano. De acordo com a coordenadora da equipe, Salete Dezen, não foi feita a apreensão da carne toda para não deixar a população sem produto para ser comercializado.
“A carne que sai desses matadouros é totalmente imprópria para o consumo humano. Os marchantes até aplaudiram nossa chegada, porque eles querem que o poder público procure um lugar adequado para que eles possam abater os animais e comercializar com mais segurança”, conta Salete.
Fiscalização
Desde o início da FPI, segundo informa a coordenadora da equipe Abate, mais de 25 locais entre fabriquetas de queijo, matadouros e mercados municipais já foram fiscalizados. “Deixando claro que somente em casos extremos é que a gente interdita. A FPI procura fazer a melhoria para que a região não fique desabastecida sem local para abater. Nosso intuito é que a situação seja legalizada e a população tenha melhor qualidade de vida e um alimento saudável”, explica.
FPI em Glória
No último dia 25, a Fiscalização Preventiva Integrada encontrou um matadouro em condições também insalubre. No mesmo espaço onde era feito o abate da carne bovina, também ficavam fezes de animais, além de não possuir nenhum tipo de refrigeração. O estabelecimento foi notificado pela Adema e pelo Ministério Público do Trabalho. Neste abatedouro não houve interdição, porque o prefeito se comprometeu a fechá-lo assim que frigorífico de Itabaiana esteja em funcionamento (previsão para fevereiro de 2017).
Após a fiscalização no matadouro, a equipe Abate da FPI seguiu para o Mercado Municipal da cidade. Lá, foram encontradas situação semelhante de falta de higiene. A promotora do Ministério Público Estadual e coordenadora Geral da FPI/SE, Allana Monteiro, requereu que os cepos (anti-higiênicos) encontrados no local fossem retirados e, substituídos por mesas cobertas com lâminas de aço inox ou granito, ou até mesmo tábua de silicone, o que foi acatado pelo prefeito, Francisco Carlos Nogueira Nascimento.
FPI/Sergipe: Dois matadouros de Porto da Folha são interditados por abater animal de forma irregular sem qualquer higienização (Imagem: Assessoria FPI/SE)
FPI/Sergipe: Dois matadouros de Porto da Folha são interditados por abater animal de forma irregular sem qualquer higienização (Imagem: Assessoria FPI/SE)
FPI/Sergipe: Dois matadouros de Porto da Folha são interditados por abater animal de forma irregular sem qualquer higienização (Imagem: Assessoria FPI/SE)
FPI/Sergipe: Dois matadouros de Porto da Folha são interditados por abater animal de forma irregular sem qualquer higienização (Imagem: Assessoria FPI/SE)