Diálogo garante avanços entre Prefeitura de Aracaju e comunidades em pauta de moradia e direitos sociais
A Prefeitura de Aracaju avançou no diálogo com os moradores do Residencial Carlos Pinna e das ocupações Valdice Teles e Marielle Franco, no fim da tarde desta quarta-feira, 12. Durante as negociações, os moradores aceitaram desocupar o Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos após o acerto de algumas medidas com a administração municipal.
A reunião foi mediada pelas secretárias municipais do Respeito às Políticas para as Mulheres, Elaine Oliveira, e da Comunicação Social, Gleice Queiroz. Após diálogo, a comissão de moradores aceitou as propostas apresentadas pela Prefeitura de Aracaju, que formalizou em documento a continuidade das tratativas na próxima terça-feira, 18.
Entre os pontos discutidos, a gestão garantiu dialogar com a comissão das comunidades sobre a situação das 59 famílias da ocupação Marielle Franco, além de tratar a não construção de garagens no Residencial Carlos Pinna.
Também foi incluído na pauta o debate sobre o passe livre no transporte coletivo para mães atípicas, que será encaminhado ao Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM).
Outra medida tratada diz respeito à ordem de serviço para a construção da Unidade de Saúde da Família para atender as comunidades. Além disso, ficou acertado que, na próxima reunião, será discutido o reajuste do valor do auxílio-moradia, tema que a Prefeitura se comprometeu a reavaliar.
Para a secretária Elaine Oliveira, o resultado foi positivo e o diálogo continuará. Segundo ela, a prefeita Emília determinou que todas as mulheres presentes fossem ouvidas. “Esse é o papel da Secretaria da Mulher: acolher, compreender as necessidades de cada mulher aracajuana e trabalhar para garantir seus direitos. É isso que tem guiado a gestão da prefeita Emília Corrêa”, afirmou.
A líder comunitária Viviane Cristina Conceição comemorou o avanço nas negociações. “O importante é que conseguimos dialogar, e nesse diálogo ficou acertado que as nossas demandas serão ouvidas. Nossa negociação aconteceu por meio da Secretaria da Mulher, com a secretária Elaine, a quem agradeço por ter vindo e se sensibilizado com todas as mulheres que estavam aqui. Também foi formada uma comissão para acompanhar todos os pontos tratados e garantir que cada etapa seja cumprida conforme o acordado”, disse.
Outra representante da comissão que comemorou o resultado foi Ana Carolina, estudante de pedagogia. “Essa mobilização foi para que a gente pudesse garantir o nosso direito como cidadãos, o direito à moradia, e também reforçar a reivindicação das mães atípicas, que é uma demanda muito grande, não só aqui, mas em todo o país. Hoje conseguimos um documento assinado pela secretária Elaine, confirmando que na terça-feira vamos sentar e conversar para resolver essa questão. Estamos aqui há quase 36 horas, muitas de nós com nossos filhos, eu mesma estou com a minha filha. Tudo foi feito no diálogo, na conversa e, graças a Deus, conseguimos essa vitória”, concluiu.