De onde vêm os problemas conjugais? :: Por Erenita Sousa

Erenita Sousa* - erenitasousa@hotmail.com

“O relacionamento conjugal é o produto final da ação-reação entre as contribuições de cada um dos cônjuges, é o resultado de uma interação.” 

Num casamento, dois corpos se unem. Não, não é apenas isto. Quando um casal resolve unir-se, vai muito além de dividir o mesmo espaço.  Nessa tarefa de união se conectam histórias, almas, valores morais e muitos outros fenômenos. Pensando assim, podemos observar que o sentido maior do casamento é o complemento das partes, a lei universal sugere que um complemente o outro na condição de evoluírem juntos. No seu entendimento, é fácil a convivência a dois? De onde vêm os problemas conjugais?

Algumas pessoas colocarão condição para responder esses questionamentos. É natural do ser humano condicionar a harmonia dos relacionamentos, acredite. Nosso subconsciente vive na limitação de sempre colocar as coisas em condições de troca quando o objetivo é conviver, compartilhar ou dividir algo. 

Você sabia que uma das grandes diferenças entre um casal que se une para “viverem juntos” ou para “ver se dá certo” e aqueles que assumem a responsabilidade do casamento está nas atitudes internas? 

Segundo a psicóloga Renate Jost, a atitude de quem vai conviver com o outro numa espécie de “experiência de casamento” ou nem sequer como tal experiência, apenas pelo deixe acontecer, sem preocupação com o futuro, é uma atitude que se posiciona no “vou ver até onde isto dá certo para mim”. Como não há preocupação com o outro, ela diz que esse sentimento não é amor. É egoísmo. E o egoísmo não une ninguém, muito menos um casal. Nesse contexto, recebo muitas pessoas em busca do processo de coaching, em conflito conjugal, relatando a condição de infelicidade e falta de sentido na vida.  O processo de coaching foca no autoconhecimento do ser humano, faz com que ele busque novos resultados em sua vida, por meio da mudança de padrão mental e comportamental, facilitando enxergar com naturalidade esse sentimento egocêntrico, eliminando o julgamento alheio e provocando uma melhoria na convivência conjugal, onde consequentemente por conta do processo recebe benefícios em outras áreas da vida.

No mundo atual estamos vendo muitos casais se separarem rapidamente. Alguns até separam na lua de mel. É muito fácil viver o momento paixão, onde cada um tem seu espaço individual, sua liberdade, e quando sente saudade busca a outra parte para complementá-lo. Difícil é conviver diariamente, respeitando as manias e defeitos do outro. Ajustando-se aos costumes que, muitas das vezes, é incompatível ao seu. Pena que essa consciência só acontece quando é colocada à prova na convivência diária e contínua. 
Nesse sentido, convido você a refletir que o compromisso e a responsabilidade assumida livremente e por amor um com o outro é o alegre desafio humano que ambos aceitaram, e no qual hão de empenhar-se com todas as suas forças para superar as naturais fases de ajustamento e dificuldades conjugais.

Sendo assim, a conclusão que se dá é que todo casal que se une experimentalmente tende à separação; contudo, se o mesmo casal buscar assumir para toda a vida, a coragem de provar suas intenções por meio do esforço empenhado diariamente, poderá conseguir um bom ajustamento, uma vida conjugal próspera e feliz.

Se desejar conversar sobre o assunto, me coloco à disposição. Se gostou compartilhe e comente.

*Master Coach com formação em Psicologia Positiva com mais de 800 horas em atendimentos de coaching. Analista de Perfil Comportamental. Mestre em Terapia Reiki. Professora Universitária. Palestrante. Experiente em desenvolvimento humano e organizacional há mais de 10 anos. Especialista em Controladoria e Auditoria. Profissional do ramo de Contabilidade há 23 anos. Diretora do INTC – Instituto Nacional de Desenvolvimento Comportamental. Coautora do livro: Coaching – Grandes mestres ensinam como estabelecer e alcançar resultados extraordinários na sua vida pessoal e profissional e coautora do Seminário de Liderança Coaching Psicopositiva.

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