Perspectiva do crescimento no crédito imobiliário anima mercado :: Por Marcio Rocha
Marcio Rocha (Foto: Arquivo pessoal)
O país está vivendo momentos importantes na sua economia. A questão macroeconômica, ou seja, o comportamento da economia no curto prazo, no que tange a renda, setor produtivo, emprego, entre outros fatores, está saltando diante de períodos passados, principalmente diante da redução constante da taxa básica de juros. Com isso, uma tendência interessante começa a ser apontada, a elevação do comércio de imóveis por meio de compra através de concessão de crédito. O mercado de financiamento imobiliário está apresentando as melhores condições dos últimos anos, com condições muito positivas e expectativas promissoras.
A retomada do crescimento econômico do Brasil passa pela demanda do crédito imobiliário, com as taxas que apresentam redução, chegando a dados indicativos de taxa mínima de até 2,95% ao ano, dentro do critério da taxa vinculada ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), nova modalidade que pode elevar de modo fremente a compra de imóveis novos. Isso fomentará os negócios de vários aspectos, não somente a indústria de construção civil, mas a de todos os bens correlatos à construção imobiliária.
Segundo a análise divulgada pelo Banco Inter, o mercado de crédito imobiliário tem enorme relevância na aceleração do crescimento econômico por estar diretamente ligado à cadeia de construção que além de ser intensiva em trabalho é forte geradora de empregos. A oportunidade é ímpar e a expansão do setor já se comprovou historicamente como um case de sucesso em geração de emprego, renda e Produto Interno Bruto (PIB) em crescimento.
Isso leva o consumidor a voltar a fazer parte da demanda pela compra de imóveis, depois de um esfriamento no mercado que provocou um impacto severo em todo o ciclo produtivo. A elevação da renda familiar, oriunda da recuperação de postos de trabalho e consequente crescimento da massa salarial são pontos importantes para essa recuperação. Portanto, a diminuição das taxas de financiamento irá promover um disparo na produtividade do setor de construção civil, elevando inclusive a participação do crédito imobiliário sobre o PIB.
Fatores fundamentais contribuem para a abertura da janela de oportunidade da compra de imóveis, principalmente os direcionados para o consumidor de menor poder aquisitivo. Temos entre eles a queda da inflação, o ajuste nas contas públicas, junto com a redução da taxa Selic, dá mais liberdade para o consumidor encontrar a melhor possibilidade de compra. Com a abertura do mercado para as famílias que dificilmente conseguiriam entrar na faixa de possuidores de imóveis, tanto os juros cominatórios com a Taxa Referencial (TR), como a compra com correção do IPCA são ótimas oportunidades de aquisição. Existem imóveis para todos os gostos e bolsos e a construção civil percebeu esse aquecimento e está voltando a investir. Inclusive a TR está em zero na atualidade para imóveis, o que deixa a correção somente mantida pelos juros acordados em contrato.
O aquecimento da venda de imóveis é um fator determinante para estimular o crescimento da economia e os investimentos públicos no mercado. E se o governo investe, toda a cadeia produtiva cresce. O financiamento imobiliário brasileiro se baseia em duas fontes de principais de recursos: o Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI). Os sistemas têm origens distintas de recursos e com isso também critérios de custo, precificação e liquidez diferentes. O SFH alimenta o mercado imobiliário precificado até R$ 1,5 milhão e o SFI em valores superiores a isso.
Em suma, as construtoras voltarão a investir com mais força no mercado e isso irá elevar a circulação de riquezas pela movimentação de todo o setor produtivo. O momento para compra de imóveis não está aproximado, já é agora e essa oportunidade para as famílias consumidoras é o que irá gerar novas vagas no mercado de trabalho e de elevação da renda.
Por Marcio Rocha
Recebido em 01/11/2019, publicado em 04/11/2019 08:50
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Marcio Rocha - Imagem: arquivo pessoal