Aracaju (SE), 21 de novembro de 2024
POR: Marcio Rocha
Fonte: Marcio Rocha
Em: 08/08/2020 às 08:00
Pub.: 07 de agosto de 2020

Dias melhores virão e estão próximos :: Por Marcio Rocha

Márcio Rocha (Foto: Arquivo pessoal)

Márcio Rocha (Foto: Arquivo pessoal)

Não está sendo fácil para o mundo enfrentar essa pandemia. O coronavírus veio para dizimar pessoas, maltratar outras tantas e fazer famílias sofrerem, até que se encontre uma vacina para conter os males provocados. Sergipe tem 1.537 famílias (dados de sexta-feira, 07 de agosto) que sofrem mais que as outras com as mortes provocadas pela doença que já pegou em números oficiais, quase 63 mil pessoas. Isso ainda piora com as condições parcas que a economia do estado se encontra nesse momento, com milhares de pessoas aumentando o contingente de desempregados, com milhares de empresas sofrendo para sobreviver e manter os postos de trabalho gerados, junto com dois milhões de sergipanos que estão mais pobres, mais endividados e mais tristes com o que acontece ao longo desses cinco meses de pandemia ativa no estado. 

Entretanto, a luz do sol começa a voltar a brilhar no meio dessa tempestade que destruiu famílias, sonhos, objetivos e desejos das pessoas. Tenho estudado diariamente os números da COVID-19 atendendo ao pedido do deputado Laércio Oliveira, presidente do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac, para avaliar o comportamento da doença no estado. Com base nesses dados estudados, foram pensadas as considerações para reabertura das empresas, colaboração para o plano de retomada da economia, discussões com as entidades representativas de classe empresariais. O estudo do comportamento da doença no estado foi fundamental para o entendimento do que estava acontecendo. A tempestade forte está passando. Ainda tem força, é bem verdade, mas está entrando num processo de se afastar de nosso povo. 

No pior momento da pandemia, há cerca de duas semanas, a média móvel de casos (soma dos casos semanais, divididos por sete dias) era de 1.321 diagnósticos diários, com assustadoras 28 mortes diárias. O dia 24 de julho foi o mais tenebroso de todos, quando esse indicador máximo foi atingido. Confesso que entristeci, desanimei, fiquei frustrado por sempre querer encontrar uma visão otimista para transmitir para as pessoas, para os leitores de nossa coluna, para os sergipanos, e não conseguir fazê-lo. Contudo, o pior momento iria passar, essa era a esperança que tínhamos todos na Fecomércio, em Sergipe, em cada família, no íntimo de cada um. Essa esperança se reacende com o clarear que o cenário da pandemia apresenta nessa semana. Estamos há duas semanas em queda de casos e mortes em Sergipe. A notícia que queremos trazer ainda não é essa. A manchete que desejamos é “Acabou a Pandemia”, mas ainda estamos um pouco distantes disso. Todavia, Sergipe está vivendo dias melhores. 

O cenário atual da pandemia em Sergipe nos inspira confiança que iremos vencer a doença. Mesmo com o comportamento contraditório das pessoas em não obedecer às regras de isolamento e distanciamento social, a média de casos aponta queda significativa. Na sexta-feira (07), a média móvel de casos é de 737 por dia, com 18 mortes diárias. Os números caíram quase pela metade em duas semanas, de acordo com informações do DataSus, analisadas criteriosamente, cruzada com outras fontes de dados. 

Agora temos a tentativa de retomada das atividades econômicas, que têm que seguir na contramão da pandemia. Enquanto a doença retrai, a economia vai voltar a crescer. Na verdade, se recuperar, pois o ano econômico está perdido para todos. Famílias, empresas governo, pessoas, todos estão mais pobres, sofrendo com isso. Entretanto, a reabertura do comércio movimenta todos os setores da economia, serviços, turismo, indústria, agronegócio voltam a elevar sua movimentação para tentar a recuperação. Não vai ser fácil para Sergipe enfrentar isso. A união de todos os agentes será fundamental para isso. O momento é de continuar combatendo a doença, e trabalhar para salvar os empregos ainda existentes, voltando a estimular o consumo, para que novos postos de trabalho sejam gerados. Recuperando a circulação de riquezas em Sergipe, nosso estado voltará a crescer, depois que se recuperar desse grande impacto que deixou todos de joelhos. Vai demorar, não podemos esperar nada de modo imediato, mas vai acontecer.


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