Enfim, a recuperação :: Por Marcio Rocha
Marcio Rocha (Foto: Arquivo Pessoal)
Vitória porque a sinalização do crescimento das vendas acontece em um momento no qual o comércio se recupera de forma ainda cambaleante do que foi a maior catástrofe econômica do estado, a pandemia da COVID-19, que levou ao fechamento das atividades comerciais por um longo período, no qual também a doença cresceu assustadoramente. Vitória porque as atividades econômicas voltaram a funcionar gradativamente em um período no qual a doença ainda estava em alta taxa de transmissão, o que indica que mesmo com a doença se alastrando, as lojas não precisavam ter sido fechadas por tanto tempo. Foi uma situação extrema que requereu uma medida extrema, mas necessária, mesmo com o prolongamento excessivo de tempo.
Os indicadores da Pesquisa Mensal do Comércio mostram que as pessoas voltaram as compras de forma gradativa, tal qual foi a abertura da economia. As pessoas recuperaram a confiança nas compras e os estabelecimentos comerciais entenderam que o momento de recuperação estava chegando. A confiança do consumidor é o mais importante nesse momento, pois se os consumidores voltaram para as lojas, é porque as oportunidades de compra estão mais frequentes e as empresas com maior vontade de voltar a crescer. Esses fatores são fundamentais para que possamos seguir num processo de crescimento das vendas de modo constante. O comércio está animado com esse dado, e o público querendo seguir mais para as compras.
De calçadões cheios de pessoas e lojas fechadas, como aconteceu no período mais intenso da pandemia, hoje temos lojas abertas, alguns negócios reabrindo e investimentos nos estoques. Com a presença das mesmas pessoas que estavam indo ao Centro de Aracaju, o fator mais importante. Isso eleva a confiança do empresário de que dias melhores chegaram. Lembram do que comentei na primeira semana de agosto na coluna? “Dias melhores virão e estão próximos”. Pois é. Eles chegaram!
“Enquanto a doença retrai, a economia vai voltar a crescer. Na verdade, se recuperar, pois o ano econômico está perdido para todos. Famílias, empresas, governos, pessoas, todos estão mais pobres, sofrendo com isso. Entretanto, a reabertura do comércio movimenta todos os setores da economia, serviços, turismo, indústria, agronegócio voltam a elevar sua movimentação para tentar a recuperação. Não vai ser fácil para Sergipe enfrentar isso.” – como disse na coluna de 08 de agosto.
Bem, não está sendo fácil ainda, verdade. O volume de vendas do ano corrente que chegou a apontar queda de vertiginosos -29%, hoje está em -9,3%. O ano deverá fechar em queda, infelizmente. Contudo, esse índice deverá continuar diminuindo e na melhor das hipóteses fechar em dezembro com queda leve, na casa dos 4-5%. Espero que esteja enganado e a margem seja ainda menor, pois quanto mais nos aproximarmos do volume de vendas do ano passado, melhor será para as empresas e para os trabalhadores. Enfim, temos uma real recuperação no ciclo econômico do comércio de Sergipe, o que inspira novos ares de esperança e temos mais três meses que são historicamente bons de vendas para o comércio. Vêm aí Black Friday, Natal Iluminado e a temporada de promoções para estimular o consumidor a seguir rumo às lojas para as compras. E isso vai fortalecer todo nosso processo econômico, porque a recuperação nas vendas significa por correlação a recuperação dos empregos de nosso povo, como reação em cadeia.