Inadimplência baixa há 18 meses :: Por Marcio Rocha
O percentual de famílias sergipanas que se encontram em situação de inadimplência, completa 18 meses em condição muito baixa. Desde dezembro de 2020 que o indicador aponta percentuais inferiores a 10%, com o número do mês de junho atingindo 4% do total de famílias que se encontram sem condições de pagar suas contas. O percentual é quase metade do valor apontado em junho de 2021, que foi de 7%. A informação foi divulgada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), analisada pela divisão econômica do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac de Sergipe. Com o indicador de 4%, o número de famílias inadimplentes se mantém nos níveis mais baixos da série histórica.
Tipos de dívida
O cartão de crédito continua sendo o principal meio de pagamento, compondo 96% de contração de compromissos dos consumidores. O crédito para compras por meio de carnês passou a ser a segunda principal modalidade de compra das pessoas, com 30,4% das famílias tendo utilizado o conhecido crediário. O terceiro posto na lista de compromissos de endividamento familiar está no crédito pessoal, com 20,6%. Completam a lista dívidas como financiamentos imobiliários e automotivos, crédito consignado, cheque especial e cheques pré-datados.
Volta dos consumidores
Com a volta das pessoas ao mercado de trabalho, sendo mais de 15 mil de novos postos de trabalho criados nos últimos 12 meses, entre maio do ano passado e maio deste ano, novos consumidores se colocam na condição de compra e isso eleva o uso de modalidades de pagamento a prazo, como o cartão de crédito, que é uma realidade constante no comércio, além do crescimento do crediário oferecidos pelas lojas. Devemos considerar que o uso do crédito para compra, de forma planejada, é um grande aliado da economia, pois isso movimenta a cadeia produtiva formando um processo de evolução que estimula ainda mais a geração de novos postos de trabalho.
Crédito para Saúde
O Banco do Nordeste aplicou mais de R$ 93 milhões com o setor de saúde, no primeiro semestre em Sergipe. O volume de crédito foi destinado a financiamento de projetos como obras civis, aquisição de máquinas, equipamentos e veículos para clínicas, hospitais e demais empresas da área de saúde. Outros itens financiáveis são softwares, insumos, estudos e projetos de engenharia, além de consultorias, capital de giro associado e outros itens. Os recursos são do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Empresas e prestadores de serviços de saúde, inclusive de natureza filantrópica e sem fins lucrativos, podem ter acesso ao crédito. A linha FNE Saúde financia investimentos fixos e mistos, com carência de até cinco anos e prazo para pagamento de 20 anos. O crédito está disponível nas 17 agências do BNB no estado de Sergipe.