Aracaju (SE), 21 de novembro de 2024
POR: Marcio Rocha
Fonte: Marcio Rocha
Em: 07/10/2022 às 10:11
Pub.: 07 de outubro de 2022

Inflação no Brasil é uma das mais baixas da atualidade :: Por Marcio Rocha

O Brasil se encontra em uma condição muito boa diante do cenário econômico internacional, no que diz respeito à variação dos preços de bens e serviços consumidos pela população. Em resumo, a tal da inflação. Esses indicadores são mapeados mensalmente pelas maiores empresas de consultoria econômica do mundo e bisbilhotando a Austin Ratings, agência classificadora de risco, com quase 40 anos de atividade, encontrei números comparativos interessantes para entendermos a realidade econômica de alguns países e comparar com o Brasil.

Dentre os países apontados como as 20 maiores economias do mundo (G20), o Brasil se encontra na 15ª posição quando o assunto é inflação. A inflação acumulada de +4,4% no período entre janeiro e agosto deste ano, segundo a Austin, coloca o Brasil em uma posição confortável diante dos seus pares do G20. Este é o resultado de ações práticas da política econômica, com a monetária. Para estancar a ferida do aumento desenfreado de preços por conta ainda dos problemas econômicos mundiais decorrentes da COVID, ações foram tomadas e elas estão trazendo resultados num momento complexo para as famílias, que mais sofreram com a elevação de preços, principalmente as famílias mais pobres.

O Brasil está apenas atrás da China, Arábia Saudita, Japão, Indonésia e Coreia do Sul, consolidando sua sexta posição no ranking da Austin. E isso é importante para entendermos que estamos em um processo de recuperação econômica muito intenso. Já que o país, segundo o Ministério da Economia, gerou 1.850 milhão de novos empregos nos oito primeiros meses do ano. Além disso, a elevação da taxa de juros fez com que os investimentos internacionais passassem a ser intensificados, elevando a capacidade produtiva do país. Também devemos considerar que a redução nos preços de energia e combustíveis, com a limitação do ICMS a 18% e o corte dos impostos federais sobre combustíveis, ajudou bastante nesse aspecto, pois diminuiu o tanto o custo fixo, quanto o variável das operações empresariais. E isso também chegou às famílias, pois toda a população sentiu diretamente o impacto da redução de tributação.

Quando vamos para o outro lado da tabela do G20, só temos a lamentar pelos países que mais estão sofrendo com isso. A maior inflação acumulada no ano é a da Argentina, dentre os países com maiores economias mundiais. Lá, o resultado de uma série de erros políticos, desmandos administrativos, má condução do país durante a fase mais crítica da pandemia (que lá foi muito mais longa que em muitos outros lugares), aponta assustadores +56,5%. Outros países também estão sentindo a elevação no custo de vida de forma severa, a exemplo da Turquia, com +47,8%, que enfrenta um quadro de inflação elevadíssima.

A União Europeia se encontra com +7,6%, Reino Unido com +7,1% e os Estados Unidos com +5,4% de elevação inflacionária entre janeiro e agosto. Isso mostra que o Brasil se coloca em uma posição confortável diante do cenário macroeconômico mundial, com resultados claros de ações tomadas para conter os estragos da crise internacional provocada, primeiro pela COVID, que ainda resvala nos ciclos econômicos, e pela invasão russa contra a Ucrânia, que coloca a Europa como um todo em risco iminente de uma crise energética mais próxima a cada dia.

Ter o Ministério da Economia atuando em conjunto com o Banco Central, ao contrário do que estava acontecendo até alguns meses passados, foi fundamental para que o Brasil conseguisse dar o contorno na crise e diminuir seus efeitos. Medidas eficientes promovem resultados rápidos e a recuperação econômica do país diante do cenário internacional é o melhor deles.


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