Aracaju (SE), 21 de novembro de 2024
POR: Assessoria Semarh/SE
Fonte: Assessoria Semarh/SE
Em: 18/05/2017
Pub.: 18 de maio de 2017

Semarh/Sergipe: chuvas devem continuar pelos próximos cinco dias

Chefe da Sala de Situação do Centro de Meteorologia, Overland Amaral (Foto: Arquivo/Edinaldo Nascimento/Semarh/SE)

Chefe da Sala de Situação do Centro de Meteorologia, Overland Amaral (Foto: Arquivo/Edinaldo Nascimento/Semarh/SE)

Esta quinta-feira, 18, amanheceu com chuvas em quase todas as regiões do Estado, com maior intensidade no leste e agreste. A tendência é que o tempo continue instável e a chuvarada deve continuar pelos próximos cinco dias, não de forma continuada, mas intercalada e com variações milimétricas peculiares a cada território. A previsão é do Centro de Meteorologia de Sergipe, vinculado à Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh).

De acordo com o chefe da Sala de Situação do Centro de Meteorologia, Overland Amaral, a ocorrência de chuvas foi prevista com uma semana de antecedência pelos modelos climatológicos utilizados pela Sala de Situação da Semarh e é considerada normal para esta época do ano. Neste caso, as precipitações estão vindo da região sul e devem se deslocar para o norte e centro-agreste, e perde força ao chegar no semiárido.

“Nós estamos vivendo o período chuvoso que se iniciou em abril, em direção ao leste e nordeste de Sergipe. E maio está inserido no contexto, sendo o mês com maior índice de precipitação, apesar das ocorrências desses veranicos. Nossos modelos apontaram que os sistemas de sul iriam chegar ao estado a partir de hoje e se prolongar nos próximos três ou quatro dias mais intensamente, deslocando-se para as regiões centro-agreste, litoral e até atingir a parte norte do estado. De certa forma, a chuva será distribuída para todo o estado, claro, de forma decrescente, de sul para norte e de leste para noroeste”, explicou de forma pormenorizada o meteorologista.

Trimestre chuvoso

Overland Amaral, ao fazer uma análise dos resultados dos modelos climatológicos para este trimestre, composto pelos meses de maio, junho e julho, informou que este período trimestral será um dos mais abastados pluvialmente falando, principalmente em relação ao ano passado, considerado por ele como um dos mais secos dos últimos anos. As regiões leste e agreste receberão maior volume de chuvas, entre 650 a 750 milímetros (mm), isto é, um início de inverno generoso.

“Os nossos modelos apontam a climatologia para este trimestre da qual se vê uma variação de 250 milímetros, no noroeste do estado, a acima de 600 mm no leste e agreste, ou seja, um bom período chuvoso para o trimestre. Essa é a média histórica e se espera isso. A gente observa que as regiões do litoral e agreste estarão de normal a acima da média; e a região do semiárido, do alto sertão, está em torno da média com ligeira diminuição de 5 mm do volume”, detalhou Overland.

Contribuição

As chuvas esperadas, conforme Overland, devem contribuir significativamente para encher açudes e barragens, especialmente na região do centro-agreste, e dar um complemento maior até o final da estação inverno. “Para a agricultura, não há ano melhor do que este. É um ano ideal para recomposição da agricultura, pastagens e para contribuir com os recursos hídricos. Comparado com o ano passado, 2017 está sendo mais chuvoso, 2016 foi extremamente seco. Este ano manterá um padrão de normal e em torno do normal para todas as regiões com intensidade para o leste e agreste. Este estado climático é ótimo”.

Overland ainda fez uma ponderação pertinente com relação à preocupação dos cuidados com o solo para a retenção de água, corroborando para um sistema agrícola correto. “É pertinente dizer que é importante aproveitar a presença da água no solo. Eu quero dizer que os nossos solos estão degradados, não estão absorvendo água, estão compactados, principalmente a região de plantio de milho, e isso cada vez mais vai empobrecendo o solo. Em Sergipe se faz uma agricultura inadequada, especialmente no tocante ao escoamento da água no solo e, consequentemente, as perdas de sua matéria orgânica. O exemplo positivo são as plantações de tubérculos na região agreste, onde os pequenos agricultores elevam a terra da cova sobre a superfície para que as raízes aproveitem ao máximo a água que está absorvida. É isso que falta na nossa agricultura: a consciência do valor ambiental”, concluiu Overland.


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