Especialista explica baixa possibilidade de tsunami no Nordeste
O aumento das atividades do vulcão Cumbre Vieja, nas Ilhas Canárias, nesta quinta-feira, 16, trouxe à tona o antigo debate sobre a probabilidade de ocorrer tsunamis no Brasil. No entanto, o especialista em geologia, diz que a possibilidade é baixa.
Segundo o doutor Anderson Sobral, professor de geologia e geotecnia da Universidade Tiradentes (Unit), só é possível acontecer um tsunami no Brasil, ocasionado pela erupção de um vulcão, caso provoque um abalo de alta intensidade.“Para o litoral brasileiro ser afetado, seria necessário haver uma grande erupção, associada a um abalo sísmico acima de 7 na Escala Richter, capaz de desestabilizar a estrutura rochosa do vulcão, causando um desmoronamento. Essa queda iria gerar um movimento de massas d’água. Esse movimento criaria altas ondas, que atingiriam toda a costa do Atlântico”, explica.
Uma outra condição, seria se o vulcão estiver submerso. No entanto, o professor não descarta outros efeitos nessas circunstâncias.
“Esse fenômeno acontecendo numa cadeia oceânica, que está submersa, pode gerar a movimentação de massa de água para provocar um tsunami, mas além disso, promove a dispersão de gases tóxicos, na atmosfera terrestre de forma natural”, disse.
Por estar a 6 mil km do Brasil, é improvável que haja consequências no país. “A dorsal meso-oceânica é uma cadeia de montanhas submersas localizadas no centro do oceano Atlântico. É uma área de grande movimentação tectônica, mas está distante da costa brasileira”, atenua o doutor Anderson.
Especialista explica baixa possibilidade de tsunami no Nordeste (Imagem: Assessoria de Imprensa Unit)