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Aracaju (SE), 17 de julho de 2025
POR: Gabriel Damásio
Fonte: Ascom Unit
Em: 17/07/2025 às 08:56
Pub.: 17 de julho de 2025

Estudantes elaboram projeto que previne acidentes com socorristas do Samu

A iniciativa desenvolvida por estudantes de Enfermagem da Unit orienta os profissionais quanto ao uso dos EPIs e ao manejo correto dos instrumentos perfurocortantes; o objetivo é diminuir e evitar os acidentes que acontecem durante os atendimentos 

Estudantes elaboram projeto que previne acidentes com socorristas do Samu - Foto: Ascom Unit

Um trabalho de orientação e educação permanente está aperfeiçoando e garantindo os procedimentos de segurança e prevenção de acidentes para os profissionais que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Isso vem sendo proporcionado através de um projeto de extensão desenvolvido desde o segundo semestre do ano passado por alunas do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes (Unit). Elas produziram manuais de biossegurança e de prevenção de acidentes, com foco no uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e no manejo correto dos instrumentos e objetos perfurocortantes. 

O trabalho, intitulado “Proteção e Prevenção: A Importância dos EPIs na Biossegurança e no Manejo de Perfurocortantes pelos profissionais do SAMU”, faz parte das Práticas Inovadoras de Pesquisa e Extensão (Pipex), que são elaboradas e executadas em cada semestre nos cursos que adotam a Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP). Atualmente, as ações ocorrem nas bases descentralizadas do Samu em Aracaju, atendendo a cerca de 50 profissionais do Samu, entre condutores, socorristas, técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos.  

Nestas ações do projeto, as alunas ainda desenvolvem rodas de conversa, oficinas práticas e distribuição de materiais educativos. “Elas vivenciam, na prática, a integração entre teoria e serviço, e desenvolvem habilidades de comunicação, educação em saúde, trabalho em equipe, escuta ativa e responsabilidade social. Além disso, vivenciam o cotidiano do atendimento pré-hospitalar, o que amplia sua visão crítica e prepara para uma atuação mais humanizada e segura”, explica Daniele Martins Oliveira, professora do curso de Enfermagem da Unit e atual orientadora do projeto. 

A equipe de estudantes é acompanhada pelos próprios profissionais do Samu, que atuam como mentores e os orientam, compartilhando suas experiências do cotidiano. “Essa troca é muito rica, pois os alunos têm acesso direto à realidade da prática pré-hospitalar, compreendendo desafios e estratégias de cuidado, enquanto os servidores refletem sobre seus próprios processos de trabalho”, afirma a professora, que também é assessora de planejamento do Samu 192 Sergipe. A coordenação do serviço e a Secretaria de Estado da Saúde são parceiras, apoiando na logística do projeto e no acesso dos alunos às bases.

De acordo com Daniele, o foco principal da iniciativa é a educação permanente dos profissionais do serviço, no que diz respeito ao uso dos EPIs e ao manejo seguro de materiais perfurocortantes. “O projeto promove uma cultura de autocuidado e segurança no ambiente de trabalho, além de atualizar e sensibilizar os profissionais sobre boas práticas de biossegurança. Essa atuação contribui para a redução do risco de acidentes, para o fortalecimento da equipe e para a melhoria da qualidade da assistência prestada”, define.

Como surgiu

Ao ser criado, em 2024, o “Proteção e Prevenção” atendeu a uma demanda encaminhada pela própria direção do Samu, que estava preocupada à época com a frequência de acidentes envolvendo os socorristas e profissionais do serviço, em razão do tipo de trabalho desenvolvido em situações de emergência. “Os alunos fizeram o diagnóstico situacional com os servidores, e a partir daí elaboraram um manual de prevenção de acidentes com perfurocortantes que foi entregue em cerimônia oficial e colocado nas viaturas. Também realizaram palestras voltadas para os servidores”, lembra a professora Emília Cervino Nogueira, também do curso de Enfermagem, que foi a primeira orientadora do projeto. 

Assim surgiu o “Manual de Biossegurança”, uma cartilha digital elaborada pelas alunas integrantes da equipe. Ela traz todos os detalhes sobre as normas e regulamentações de biossegurança; os tipos de EPIs necessários no atendimento de urgência e emergência e seus modos corretos de uso, conservação e descarte; a higienização das mãos; a limpeza e a desinfecção das ambulâncias; e os procedimentos adequados para o manuseio de materiais biológicos, agentes químicos e materiais perfurocortantes. Dele, foi derivado um manual com os protocolos de segurança a serem seguidos. 

Segundo a aluna Kethlly Vitória Passos Conceição, uma das primeiras participantes do projeto, esses materiais foram transformados em QR Codes e colocados à disposição em todas as ambulâncias do Samu no estado, garantindo acesso prático e rápido às orientações. “Também realizamos rodas de conversa com os profissionais das bases do Samu na Unit e no Huse [Hospital de Urgência João Alves Filho]. Esta, inclusive, recebe profissionais de diversos municípios do estado, o que amplia o alcance da iniciativa. Já os materiais digitais em QR Code vão atingir todas as ambulâncias do estado, promovendo um impacto mais amplo. A proposta é totalmente adaptável e pode ser estendida para outras unidades de saúde”, assegura ela. 

Impactos positivos

Isso aconteceu no semestre passado, quando a professora Emília Cervino orientou o mesmo projeto sobre EPIs na biossegurança para os servidores da Soservi, empresa que presta serviços de limpeza, atendimento e segurança na Unit e em outros locais. “Os alunos promoveram educação em serviço de forma dinâmica e interativa, com ótimos resultados”, destaca Emília.

Kethlly Vitória, que atuou no projeto até o primeiro semestre deste ano, acrescenta que aprendeu muito sobre biossegurança aplicada à realidade, e principalmente sobre o papel do profissional de enfermagem como educador e agente transformador. “A experiência também me ensinou sobre responsabilidade coletiva e trabalho em equipe. Foi uma oportunidade de entender de perto os desafios dos profissionais do SAMU e contribuir com soluções práticas e acessíveis. Ao fortalecer a biossegurança, nós protegemos não só quem atende, mas também quem é atendido”, disse ela.

O impacto do projeto “Proteção e Prevenção” também foi destacado pela professora Daniele Martins. “Indiretamente, os maiores beneficiados são os próprios usuários do serviço de urgência, pois profissionais mais seguros e bem preparados oferecem uma assistência mais qualificada e segura. Para a sociedade, o projeto contribui com a valorização do cuidado em saúde, com a prevenção de acidentes de trabalho e com o fortalecimento da educação em serviço”, ressaltou ela, ao confirmar que novas etapas do projeto estão sendo planejadas, com ampliação do escopo temático, ampliação das ações para outras bases e outras estratégias de promoção de saúde no ambiente pré-hospitalar. “A intenção é que o projeto se torne contínuo, contribuindo para a cultura de biossegurança, cuidado e educação permanente dentro da rede de urgência”, concluiu a orientadora.


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