Aracaju (SE), 27 de novembro de 2025
POR: SMS | Aracaju
Fonte: Agência Aracaju de Notícias
Em: 27/11/2025 às 15:10
Pub.: 27 de novembro de 2025

Aracaju amplia o acesso às consultas médicas e otimiza rotina nas unidades de saúde

Consultas são garantidas no tempo da necessidade no mesmo dia ou em até 48 a 72 horas, eliminando longas esperas e ampliando o acesso de forma mais humana e previsível - Foto: Ascom/SMS

A rotina de quem busca atendimento nas Unidades de Saúde da Família (USF) de Aracaju está mudando. Com a implantação do Acesso Avançado (AA), a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) inaugurou uma nova lógica de cuidado que coloca o usuário no centro da organização do serviço. Agora, consultas são garantidas no tempo da necessidade, no mesmo dia ou em até 48 a 72 horas, eliminando longas esperas e ampliando o acesso de forma mais humana e previsível.

Desde que o novo modelo de agendamento passou a vigorar, o atendimento ganhou fluidez. Antes, a população chegava a aguardar até um mês para conseguir marcar consulta. Hoje, a marcação ocorre a qualquer momento e o atendimento é realizado conforme a disponibilidade da agenda diária. O propósito é garantir acolhimento imediato e assegurar que nenhum usuário saia da unidade sem atendimento ou sem consulta agendada.

Os primeiros resultados já demonstram o impacto da medida. Comparando junho de 2025 — mês anterior ao início da implantação — com outubro, quando todas as 45 Unidades de Saúde da Família (USFs) já operavam com o novo modelo, houve aumento de 35,27% nos atendimentos médicos da Atenção Primária, alcançando 48.308 consultas, o maior número registrado no ano até então.

A expansão do Acesso Avançado ocorreu de forma gradual. O projeto-piloto começou em julho de 2025, em seis unidades. Em setembro, o modelo já estava presente em 14 unidades, e em outubro alcançou mais 25, cobrindo toda a rede. Paralelamente, também foram ampliadas ofertas de exames laboratoriais, reduzindo gargalos históricos e garantindo que o usuário já saia da unidade com a coleta agendada.

A redução nas reclamações registradas pela Ouvidoria da Saúde reforça a percepção positiva dos usuários. Em julho, mês de início da implantação, foram contabilizadas 159 queixas relacionadas à quantidade restrita de atendimentos. Em agosto, o número caiu para 41; em setembro, para 24; em outubro, 18; e, em novembro, apenas 10 registros até o momento. A queda progressiva indica maior satisfação com o acesso aos serviços.

Segundo a secretária municipal da Saúde, Débora Leite, a gestão precisou enfrentar desafios estruturais ao assumir a pasta. “Recebemos uma cidade com grande parcela da população fora do sistema. Faltavam unidades básicas, havia burocracia excessiva e contratos médicos precarizados. Buscamos o que há de mais atualizado na literatura e implantamos o Acesso Avançado. Hoje, o paciente tem oportunidade todos os dias. Ele é acolhido, atendido ou agendado. Não sai da unidade sem uma definição”, afirmou.

A secretária destaca, ainda, que o novo modelo também amplia o cuidado para grupos prioritários, como crianças, gestantes e idosos, sem restringir a demanda espontânea. Especialmente, de adultos jovens que trabalham e têm dificuldade de se deslocar em dias fixos de marcação. “Identificamos o perfil dos pacientes e reservamos vagas que garantem o acompanhamento adequado da população”, completou.

Um dos reflexos do novo sistema é o combate à prática antiga de chegar de madrugada às unidades para garantir ficha de atendimento. Com o Acesso Avançado, essa necessidade deixa de existir. O cidadão pode procurar qualquer unidade dentro do horário de funcionamento, com a segurança de que será acolhido e terá seu caso encaminhado com rapidez.

O modelo também organiza acompanhamentos contínuos, como pré-natal, puericultura e visitas domiciliares, fortalecendo a prevenção e evitando complicações. A secretária ressalta que a ampliação da oferta é fundamental para reduzir ocorrências graves, como o alto índice de pé diabético e complicações oriundas da doença renal crônica registrados no município. “A falta de atendimento básico está levando a complicações evitáveis. Precisamos mudar isso urgentemente”, alertou.

Mesmo com os avanços, Débora Leite reconhece que há desafios importantes, como ampliar o número de equipes e construir novas USFs para aumentar a cobertura da Atenção Primária. “A gestão segue empenhada em qualificar o acesso, fortalecer o vínculo com os usuários e consolidar o novo modelo de atendimento”, enfatizou.

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