Comércio varejista sergipano acumula dez meses de queda nas vendas
Comércio varejista sergipano acumula dez meses de queda nas vendas (Foto: Logo Fecomércio/SE)
Os números analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sergipe (Fecomércio-SE), da Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, não apresentam nenhuma expectativa de melhoria para o comércio varejista sergipano. O mês de maio deste ano apresentou uma nova queda no volume de vendas do varejo ampliado de -15,8%, em comparação com o mesmo mês de 2015, completando o ciclo de dez meses de queda constante nas vendas dos comerciantes sergipanos.
A situação da economia do comércio sergipano é preocupante, pois desde o mês de julho do ano passado, que o mercado local não apresenta sinais de melhora nas vendas do comércio varejista ampliado. Contudo, a queda foi menor que o mês anterior em 1%, abril obteve -16,8% de saldo negativo nas vendas. Considerando que maio é um mês com perfil de aumento das vendas, devido ao dia das mães, o resultado analisado não foi considerado adequado para o comércio. A receita nominal de vendas do varejo ampliado caiu -7,8% No período corrente acumulado de janeiro a maio deste ano, a queda no varejo ampliado atingiu 16,3%. No Brasil, as 27 Unidades da Federação registraram resultados negativos, em termos de volume de vendas, na comparação com maio de 2015.
O comércio varejista restrito também apresentou uma preocupante queda, com -15,6% nas vendas. A queda acumulada no ano de 2016 é de -13,8%. Mesmo com o comércio apresentando uma trajetória declinante, ainda há uma esperança na melhoria das vendas para o final do ano. Entretanto, a indefinição econômica que o estado vive influencia diretamente na vida do consumidor. A recessão da economia, aumento do endividamento e queda na renda das famílias, aliado a fatores como problemas de pagamento para servidores públicos e a diminuição de consumo das famílias, juntamente com o aumento do desemprego, provocam a queda nas vendas.
“A trajetória do volume de vendas do varejo restrito continua irregular, significando que o comércio de Sergipe ainda está batendo no fundo do poço. Contudo, acredito que chegamos ao limite da recessão da economia. Acredito que entraremos em um período de estabilidade, mesmo que na situação negativa, para depois retomarmos o crescimento. Para isso, precisamos encontrar caminhos para a recuperação, pois se o comércio não vende, os estoques não giram no mercado. O momento é de repensar estratégias e usar a criatividade para continuar fazendo os negócios funcionarem e gerarem empregos, que estão sendo perdidos devido à crise”, destacou o presidente da Fecomércio, Laércio Oliveira.