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Aracaju (SE), 26 de dezembro de 2024
POR: Assessoria SES/SE
Fonte: Assessoria SES/SE
Pub.: 27 de julho de 2016

Huse encerra primeiro semestre atendendo 3.333 vítimas de acidentes motociclísticos

Huse encerra primeiro semestre atendendo 3.333 vítimas de acidentes motociclísticos (Foto: Ricardo Pinho/SES/SE)

Huse encerra primeiro semestre atendendo 3.333 vítimas de acidentes motociclísticos (Foto: Ricardo Pinho/SES/SE)

“Nunca imaginamos que um dia isso vai acontecer. Tive muita sorte porque vinha pilotando a minha moto na velocidade certa e, mesmo assim, fui surpreendido por um quebra-molas. Hoje, estou internado”. Esse foi o depoimento do jovem autônomo José Romário de Jesus, 23, morador do povoado Dispensa, município de Itabaianinha.

Ele trafegava em sua motocicleta quando precisou parar de forma brusca porque o carro que estava à sua frente freou repentinamente ao avistar o quebra-molas. A colisão foi na traseira do automóvel e o jovem caiu machucando a cabeça. Ele estava sem o capacete (item obrigatório) e fraturou o cotovelo.

Assim como ele, o estudante Weidson de Oliveira, 21, também se machucou ao pilotar uma motocicleta. Ele é morador do povoado Batatas, município de Tobias Barreto, e perdeu o controle do veículo quando o pé que estava calçado com chinelos sem traseiras (item proibido) deslizou no pedal da moto, deixando-o preso entre os raios do pneu. O jovem sofreu uma fratura no tornozelo e escoriações nos pés.

“Foi tudo muito rápido. Fui desviar de um buraco. Eu sei que é proibido usar esse tipo de calçado, mas era uma coisa tão rápida que eu ia fazer que nem imaginei que aconteceria comigo. Agora aprendi a lição. Não vou deixar de pilotar minha moto de forma irresponsável. Agora, somente com o capacete e o calçado adequado”, afirmou o jovem.

Essas histórias se multiplicam e ganham destaque quando chegam ao Pronto Socorro do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse). Para se ter uma ideia, no primeiro semestre deste ano, 3333 vítimas de acidentes envolvendo motociclistas foram atendidas na Área Verde Trauma do hospital. Desse total, 860 pacientes ficaram internados para observação e tratamento.

No mesmo período de 2015, esse número foi de 3.596 atendimentos e com 973 vítimas internadas. As principais causas foram as quedas e colisões com outros veículos, além da desobediência às leis e o não uso dos equipamentos obrigatórios de segurança.

Conscientização

Nesta quarta-feira, 27 de julho, é comemorado o Dia do Motociclista. Esses condutores, na maioria das vezes, têm pouco para comemorar porque os índices de acidentes aumentam a cada dia. De acordo com o coordenador do Pronto Socorro do Huse, Vinícius Vilela, é necessário intensificar as campanhas e cobrar mais educação no trânsito.

“É preciso alerta e responsabilidade. São muitos os casos de acidentes motociclísticos. Um verdadeiro problema de saúde pública e social. É preciso intensificar e massificar as campanhas educativas e a fiscalização dos órgãos responsáveis. A Área Verde Trauma no Pronto Socorro é composta por 80% de vítimas de acidentes motociclísticos. A problemática abrange altos gastos para o tratamento de um paciente, além da necessidade de cirurgias ortopé
Os acidentes motociclísticos, na maioria, causam fraturas em membros superiores e inferiores, afetando ossos como o fêmur, tíbia e rádio. Em 30% desses casos, as sequelas são definitivas como paraplegias, tetraplegias, deformidades ósseas e amputações. Outros 70% sofrem sequelas parciais como restrições de movimentos e dores.

No Huse, um paciente envolvido em acidente de moto que seja submetido a uma cirurgia, por exemplo, fica, em média, 30 dias hospitalizado para sua recuperação. Isso representa um custo hospitalar aproximado de R$ 120.000,00. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o custo social de cada um desses pacientes é de, em média, R$ 952 mil aos cofres públicos, o que envolve atendimento pré-hospitalar, hospitalar, licença, aposentadoria, entre outros.

A superintendente do Huse, Lycia Diniz, explica que cada paciente traumatizado durante um acidente motociclístico gera um custo social. “Esses pacientes na maioria das vezes ficam afastados do trabalho e isso gera um custo social alto porque ficam sem trabalhar durante um bom tempo e recebem seguros, além de custos para o SUS devido a mobilização de equipes, materiais, medicamentos, centro cirúrgico e até mesmo UTIs”, informou.

O Governo do Estado lançou no ano passado a Campanha “Motociclista Vivo”, com o objetivo de reduzir os altos índices de acidente com motos. Uma campanha de cunho educativo e que envolveu as Secretarias de Estado da Saúde (SES), Educação (SEED) e Departamento Estadual de Trânsito (Detran/SE).


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