Jackson Barreto reúne-se com ministro Eliseu Padilha para tratar das dÃvidas dos estados do Nordeste
Jackson sugeriu a Padilha que o presidente Michel Temer tenha um olhar diferenciado para a situação financeira dos estados nordestinos e ressaltou que os governos que mais fizeram sua parte para o bom desempenho das finanças públicas foram os menos favorecidos com a renegociação.
Jackson Barreto reuniu-se, em Brasília, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para tratar da renegociação das dívidas dos estados da região Nordeste (Foto: Roque Sá/ASN)
O governador Jackson Barreto reuniu-se, em Brasília, com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, para tratar da renegociação das dívidas dos estados da região Nordeste, que foram muito pouco contemplados neste processo. "Estamos trabalhando nisso há muito tempo, quase dois anos, pra chegar agora e levarmos muito pouco, alguns estados quase nada, neste processo de renegociações das dívidas, enquanto estados ricos do Sul e do Sudeste, alguns que não fizeram seu dever de casa, tiveram ganhos significativos que vão aliviar suas finanças", explicou o governador para o ministro.
Jackson entende que o governo Temer tem condições de fazer um gesto importante para incluir os estados do Nordeste numa condição mais privilegiada em relação às negociações das suas dívidas. "Coloquei-me à disposição, como governador do PMDB, para fazer uma interlocução com meus pares no sentido de buscarmos saídas conjuntas, mas precisamos que sejam saídas rápidas, pois as condições financeiras dos governos estaduais estão se deteriorando rapidamente e muitos já correm sérios riscos de entrar em uma situação de extrema dificuldade. Um gesto na direção de ajudar os estados pode fazer muito bem para todos, governo federal, governos estaduais e a população destes estados", disse Jackson.
O governador disse ainda que a maioria dos estados está sem condições de arcar com as despesas básicas com servidores, fornecedores, com os Poderes, e isso vem gerando crises institucionais e de relacionamentos com todas as partes envolvidas, o que dificulta as administrações. "Sabemos que estamos vivendo um momento bastante agudo da crise econômica que se abateu em todo país. O que queremos é um tratamento igual aos estados que receberam vantagens significativas. Fizemos nosso dever de casa, mantivemos nossa disciplina fiscal, fizemos reformas administrativas que permitem que, com muito sacrifício, estejamos trabalhando com o mesmo valor de custeio de 2009, mas não temos mais espaço para cortes, sob pena de comprometermos seriamente a prestação de serviços básicos para nossa população. Precisamos da ajuda do Governo Federal, e precisamos agora", enfatizou o governador.
O governador explicou que buscou essa conversa franca e aberta com Eliseu Padilha, na certeza de que pode contar com a sensibilidade de um governo que inicia querendo acertar, querendo colocar os rumos da economia nos trilhos do desenvolvimento e, para isso, irá precisar contar com o apoio de todos os estados nesta reconstrução. "Padilha mostrou-se aberto e disposto a buscar esse entendimento dentro do Governo Federal. Ouviu minhas ponderações e ficamos de aprofundar os entendimentos. Deixei clara a minha disposição para trabalhar saídas junto aos demais governadores, para que possamos, juntos, construir dias melhores para nossas administrações e para nossas populações", finalizou Jackson.