Produtores de milho sergipanos registram R$ 500 mi em prejuÃzos
Eduardo Amorim solicita subsídios para produtores de milho.
Produtores de milho sergipanos registram R$ 500 mi em prejuízos (Foto: Assessoria Eduardo Amorim)
Os produtores rurais de Sergipe, dedicados à lavoura do milho, representados por sua entidade de classe a Federação de Agricultura do Estado de Sergipe (FAESE) foram acompanhados pelo senador Eduardo Amorim (PSC-SE), na terça-feira, 23, durante audiência com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Um panorama da cultura foi apresentado ao ministro, que representa 30% da produção agrícola no estado de Sergipe, e em 2016 registrou um prejuízo de R$ 500 milhões.
A representação de Sergipe nessa cultura é portentosa, segundo Eduardo Amorim, a área sergipana supera 250 mil hectares cultivados com “o valoroso grão”. Para ele, há um reconhecimento nacional como uma nova fronteira agrícola na produção de milho. “Estamos na mesorregião produtora da SEALBA e nossa produção é reconhecidamente avançada. Produzimos mais que o oeste baiano, por exemplo, e as dificuldades em 2016, com a seca, degradou o cultivo do milho”, explicou ao afirmar que “temos um problema socioeconômico”.
O senador relatou ao ministro Blairo as dificuldades enfrentadas pelos produtores devido à seca e consequentemente com as dívidas. “O encaminhamento foi dado no Ministério da Agricultura para que se renegocie as dívidas dos produtores que tiveram suas lavouras com quebra em até 80% em função da seca”, disse Eduardo.
Já o secretário de Políticas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Neri Geller, afirmou que o ministro foi sensível a demanda. “Nós temos dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que faz a projeção da safra e junto a isso estamos encaminhando um voto ao Conselho Monetário Nacional do Ministério da Fazenda, justamente para fazer a renegociação não só dos custos, mas também dos investimentos”, explicou Geller.
Dificuldades
Segundo técnicos da FAESE, o revés na produção ou no preço dessa commodity influencia, instantaneamente, toda a economia local. Do produtor rural, passando pelo comércio, pelas instituições financeiras, até os governos municipais e estadual, todos são, direta e fortemente, afetados. Um documento com reivindicações dos produtores foi entregue ao ministro e fará parte dos estudos que será realizado pelos técnicos do Ministério da Agricultura.
“Caso os produtores sejam deixados à própria sorte, evidentes danos serão causados à economia regional, com reflexos sociais seríssimos. Não há a menor possibilidade de ocorrer o plantio da próxima safra sem o custeio pelos bancos, não só pela absoluta ausência dos recursos necessários, como pela necessidade de securitização das operações através do PROAGRO, que vem como contrato acessório aos contratos de financiamento bancários”, explicou Dênio Augusto, representante da FAESE.
Presenças
Além do senador Eduardo Amorim esteve presente o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), o deputado estadual Georgeo Passos (PTC-SE), o ex-deputado estadual Zeca da Silva, o produtor do município de Carira, Martinho Bravo Neto e demais representantes do setor.