Após negociação, Rota do Sertão é liberada e fabriquetas voltarão a funcionar
Um grupo de manifestantes, formado por moradores do sertão sergipano, interditaram totalmente durante a manhã dessa quarta-feira, 23 de novembro, a rodovia Rota do Sertão no trevo do Povoado Vaca Serrada, em Porto da Folha.

Após negociação Rota do Sertão é liberada e fabriquetas voltarão a funcionar (Imagem: Maycon Carvalho/Pingou Notícias)
Vários pneus e pedaços de madeira foram incendiados impedindo o tráfego de veículos na rodovia. O grupo interditou a via para chamar atenção das autoridades e protestar contra o fechamento das fabriquetas de queijos da região.
De acordo com Maycon Carvalho, radialista da Rio FM, os manifestantes querem um prazo para que as fábricas sejam regularizadas e que mais nenhuma outra empresa seja fechada, evitando o aumento da taxa de desempregos. Segundo Aritana, locutor da manifestação, a comissão, formada pelos empresários locais e o deputado estadual Jairo Santana, esteve em reunião na cidade de Nossa Senhora da Glória com a procuradora federal, Livia Nascimento, responsável pela operação, para falar sobre o assunto. 0ad9f4dc-43d9-4afa-9649-a4fb4a117b8c
Em conversa com a comissão, a procuradora informou que o objetivo da operação não é fechar as fabriquetas, mas sim provocar para que essas discussões leve à legalização da produção leiteira do interior sergipano. Ela também ressaltou que os pequenos empresários podem voltar às suas atividades, mas que procurem se adequar aos padrões de higiene, já que muitas delas estavam produzindo os produtos com condições precárias.
Após a conversa com a promotora federal, os manifestantes desobstruíram a via e o tráfego já está sendo normalizado.
Interdições
No segundo dia de fiscalização, a equipe de Abate da FPI do São Francisco, flagrou três fabriquetas produzindo de forma precárias queijos e manteigas que seriam comercializados em cidades circunvizinhas. Cerca de 2.500 Kg de requeijão e manteiga foram apreendidos pela fiscalização.
De acordo com a coordenadora da equipe Abate, Salete Dezen, “as queijarias estavam todas irregulares, além disso, os estabelecimentos não tinham nenhum tipo de higienização. Os baldes que armazenavam leite estavam abertos e as moscas estavam por todo lado, inclusive no alimento. Em um dos locais fiscalizados funcionavam, ao mesmo tempo, a fabriqueta e uma pocilga (curral de porcos)”, relata a situação.