Proinveste: Obras da Rota do Agreste são retomadas

Após uma pausa por conta da dificuldade na conclusão dos processos de indenizações e desapropriações de alguns imóveis, uma vez que os recursos para estes fins são oriundos do tesouro estadual, o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura e do Desenvolvimento Urbano (Seinfra) em parceria com Departamento Estadual de Infraestrutura Rodoviária de Sergipe (DER), retomou na última semana as obras da Rodovia SE 255 (Rota do Agreste).

Com investimentos de R$ 58.140.592,81, provenientes do Proinveste, a Rota do Agreste interligará a BR-235, na altura do povoado Rio das Pedras, em Itabaiana, passando por povoados de Areia Branca, São Cristóvão e Itaporanga D�??ajuda até a BR-101, precisamente no Povoado Aningas (Imagem: André Moreira/ASN)

Tendo investimentos do Programa de Apoio ao Investimento dos Estados (Proinveste) no valor de R$ 58.140.592,81, a futura rodovia interligará a BR-101, na altura do povoado Aningas, em São Cristóvão, passando por povoados dos municípios de Itaporanga D’ajuda e Areia Branca até encontrar-se com a BR-235, precisamente no povoado Rio das Pedras em Itabaiana.

Paisagem modificada

De acordo com o Secretário Estadual da Infraestrutura, Valmor Barbosa, o bom andamento dos trabalhos já se faz notável. “Em um dos trechos que antecede a primeira frente de trabalho e já indenizado pelo Governo do Estado, foi retirada a vegetação e demarcadas às estacas. Mais adiante estão sendo concluídos os serviços topográficos a fim de que seja feita a demarcação e, em seguida, o início da terraplenagem do acesso que será construído com o propósito de desviar a rodovia de um conglomerado de residências”, declara.

Ele destaca outros tipos de serviços que estão sendo executados. “Entre caçambas, caminhões pipas e de abastecimento, escavadeiras, motoniveladoras, pás carregadeiras, rolo compactador e tratores de esteira, 45 máquinas atuam em duas frentes de aterros e cinco frentes de cortes, o que assegura o progresso da obra, sem contar que paralelo a estes serviços, os 70 profissionais que trabalham diariamente na obra se revezam entre a execução de cercas, aplicação de camadas de base e sub-base, além da limpeza de um pequeno brejo onde serão implantadas manilhas para o escoamento das águas, sem contar em outras ações complementares”, explica.

Valmor Barbosa diz ainda que com a retomada dos trabalhos, nas próximas semanas a configuração da obra será outra. “Mesmo com essa última paralisação e a anterior por conta das chuvas nos meses de agosto e setembro, o ritmo empregado já se mostra satisfatório. Dos 52 km que perfazem a rodovia, 25 já estão com a terraplenagem concluída. Com a conclusão dos trabalhos nessas cinco frentes e, a partir daí os serviços posteriores sendo executados, muito em breve os sergipanos poderão dispor de mais uma importante rodovia que se somará às outras construídas recentemente pelo Governo do Estado que já mostram resultados positivos no desenvolvimento de Sergipe”, frisa.

A Rota do Agreste

Entrecortada por planaltos, vales e vegetação nativa, a rodovia terá 52 km de extensão e atende ao padrão estabelecido nas novas estradas estaduais. Ela terá dez metros de largura, sendo sete de pista de rolamento e três de acostamento, sistema de drenagem pluvial, sinalização horizontal e vertical, além da construção de duas pontes sobre riachos que cortam o percurso.

Além de interligar as duas principais rodovias federais que atravessam o Estado, a Rota do Agreste, como já está conhecida, facilitará o escoamento da produção agrícola e mineral, oportunizará melhores condições de vida e segurança para a população, valorizará as diversas propriedades às suas margens e nas proximidades, encurtará distâncias entre as sedes dos povoados e os municípios, e, sobretudo, contribuirá para a ampliação da malha viária e o desenvolvimento socioeconômico do Estado.

Morador do Povoado Pedrinhas, em Areia Branca, Jidelson Santos se diz satisfeito com a futura rodovia. “Três vezes por semana vou a alguns povoados no município de Itaporanga D'ajuda e em alguns trechos já percebemos a diferença, pois a estrada está larga e mais firme. Todos os amigos com quem converso sobre o assunto têm a opinião igual à minha: essa estrada será uma das mais importantes obras já construídas na região, pois encurtará as distâncias e vai melhorar a vida de todos que residem próximos a ela”, afirma o autônomo de 31 anos.