Aracaju (SE), 09 de julho de 2025
POR: ASN
Fonte: ASN
Em: 23/02/2017 às 11:45
Pub.: 24 de fevereiro de 2017

Estudante da Escola Agrícola de Japoatã desenvolve projeto para cultivo do arroz em sistema agroecológico

Técnica iniciada na escola substitui o manejo do arroz com agrotóxicos por cultivo do grão com defensivos naturais.

Técnica iniciada na escola e utilizada em várzea de Japoatã (SE) substitui o manejo do arroz com agrotóxicos por cultivo do grão com defensivos naturais (Foto: Seed/SE)

Técnica iniciada na escola e utilizada em várzea de Japoatã (SE) substitui o manejo do arroz com agrotóxicos por cultivo do grão com defensivos naturais (Foto: Seed/SE)

Uma técnica desenvolvida pela Escola Família Agrícola de Ladeirinhas ‘A’, localizada em Japoatã, tem gerado bons frutos para o cultivo do arroz na região do Baixo São Francisco, em Sergipe. O projeto, desenvolvido pelo aluno do 3º ano do curso técnico de Agropecuária, José Francisco dos Santos, faz parte do trabalho de conclusão do curso técnico na escola, porém ele já pratica o manejo do grão utilizando defensivos naturais em 3 mil m² de várzea no povoado Ponta da Areia, em Pacatuba, município vizinho a Japoatã.

Francisco dos Santos iniciará a primeira colheita de arroz em sistema agroecológico a partir do dia 8 de março. A previsão é que, até outubro de 2017, mais de 4 hectares estejam totalmente cobertos pelo cultivo do arroz em sistema agroecológico. “Tive uma ideia de fazer algo novo, já que a proposta da nossa escola é a utilização de técnicas ecologicamente corretas. Hoje os brasileiros consomem alimentos com 7,3% de índice de agrotóxicos. Quero introduzir esse novo manejo na rizicultura do Baixo São Francisco totalmente sem agroecológico”, explicou Francisco.

Resultados 

O que antes era uma técnica pouco acolhida pela comunidade de rizicultores da região, aos poucos vem sendo acolhida e transforma-se em um sistema que promete a redenção do cultivo do arroz. 

O aluno disse que os resultados com a técnica demostram melhora na qualidade do arroz, além de que poderá gerar mais recursos para as comunidades de rizicultores ribeirinhas, com a produção totalmente certificada como orgânica e com um custo menor. 

“Percebemos que no Rio Grande do Sul já fizeram essa experiência e começaram com um hectare. Hoje são mais de 2 mil hectares de cultivo agroecológico, sem adubação química. É bom para todos. A minha família e outras comunidades já pensam em expandir”, destaca.

Segundo o coordenador estadual da Associação Mantenedora da Escola Família Agrícola de Ladeirinhas ‘A’ (Amefal), José Ermício Ferreira Lima Santos, muitos rizicultores não acreditavam na nova técnica e atualmente esses mesmos produtores querem produzir o arroz agroecológico. “Queremos expandir para outras comunidades e está provado que é possível produzir sem agrotóxicos”, ressaltou. 

Escola Família Agrícola

A unidade escolar funciona em regime de comodato com o Estado, a Associação Mantenedora da Escola Família Agrícola de Ladeirinhas ‘A’, movimentos sociais, a exemplo do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) e Movimento dos Sem-Terra (MST), da Rede das Escolas de Famílias Agrícolas Integradas do Semiárido Baiano (Refaisa), Caritas Propriá, Embrapa, IFS São Cristóvão e Codesvasf.

Atualmente são 67 estudantes cursando os Ensinos Médio e Técnico integrados. Os alunos ingressam na escola no 1º ano em semi-internato e para terminarem o curso de Agropecuária têm que realizar um Projeto Profissional Jovem (PPJ).

A didática utilizada na escola é a denominada prática pedagógica da alternância, na qual se utiliza uma série de ferramentas práticas. “É um curso técnico de Agropecuária com internato em regime de alternância. A ideia é de que quem ingresse na escola traga demandas da comunidade. Eles têm a contribuição dos professores e retornam para a comunidade com alguma ação proposta na escola”, explicou o coordenador pedagógico da unidade escolar, Carlos Wagner dos Santos. 

O monitor-professor da escola, Sérgio Cardoso Borges, disse que além do cultivo do arroz agroecológico, há também outros projetos em desenvolvimento, como o manejo de culturas de combate a pragas, de reaproveitamento de água do banho (águas cinzas) e manejos de solos.


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