Baixa complexidade também sobrecarrega Hospital Regional de Socorro

Pacientes deixam de ir nas Unidades Básicas para buscar atendimento no Hospital Regional de Socorro (Foto: SES/SE)
“Isso nos mostra que a média de atendimento de baixa complexidade é grande no Hospital de Socorro, característica de paciente ambulatorial. Demanda esta que deveria ser recebida pelos postos de saúde dos municípios”, analisa a superintendente da unidade estadual, Genisete Pereira. Segundo ela, como o Regional funciona em regime porta aberta todos os pacientes são atendidos, mesmo os que não têm perfil de emergência.
Pelos corredores do Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro passam, em média, 8.000 pacientes por mês, todos vindos dos 12 municípios que compreendem a Região de Saúde do Leste Sergipano. O hospital tem como especialidade a Clínica Médica e a Pediatria.
Em fevereiro a média de atendimentos foi superada, já que a unidade recebeu 8.200 pacientes, sendo 6.800 para atendimento clínico e 2 mil atendimentos pediátricos, todos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Deste total apenas 300 pessoas ficaram internadas na unidade, o que corresponde a menos de 4% da assistência hospitalar oferecida.
Resolutividade
Mesmo nos casos em que há indicação clínica de internamento do paciente, doenças respiratórias, pneumonia, asma, viroses e outras patologias que necessitam de investigação, ou ainda episódios de doenças crônicas descompensadas, o índice de resolutividade apresentado pelo Hospital é bastante satisfatório.
“No Pronto Socorro, por exemplo, em todo mês de fevereiro, foram apenas 15 transferências, todas feitas com pacientes que necessitavam de atendimento especializado. Isso repercute na resolutividade da unidade e evita ‘encharcar’ os hospitais de alta complexidade com casos que podem ser resolvidos aqui”, enfatiza Genisete Pereira.
Ela ressalta o bom desempenho da equipe multidisciplinar que atua em Nossa Senhora do Socorro. “Eles procuram sempre dar os encaminhamentos de acordo com a patologia e a gravidade do caso naquele momento. Por isso, embora se registre um elevado número de atendimento, temos grande rotatividade de pacientes”, complementa.
É importante salientar que os plantões do Hospital Regional têm sido mantidos abertos, com equipe médica, de enfermagem e das demais áreas presentes, o que também tem feito uma grande diferença.
Maternidade
Na maternidade do Hospital Regional, foram 920 atendimentos em fevereiro. Destes, 190 foram partos, 40 procedimentos de curetagem e as demais gestantes foram examinadas e, após assistência necessária, liberadas.
“A obstetrícia também tem um perfil de atendimento ambulatorial. Pacientes que deveriam fazer o acompanhamento do pré-natal nas unidades de saúde, mas, como sabem que a unidade tem profissional disponível, prefere procurar atendimento aqui”, informa a superintendente.
A unidade de saúde conta com 20 leitos de Clínica Médica. Já no Pronto Socorro são 16 poltronas na Área Azul (pacientes estáveis), 5 leitos na Área de Observação adulto (pacientes internados ou em investigação diagnóstica), 03 leitos na Área Vermelha (pacientes graves) e 06 na observação pediátrica.