Secretaria da Saúde de Sergipe discute ampliação da rede de retaguarda para atendimentos do SUS
Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) poderão contar com uma rede de atendimento hospitalar ainda mais ampla. Essa possibilidade foi discutida na manhã desta terça-feira, 11, durante visita do secretário de estado da saúde, Almeida Lima, ao Hospital e Maternidade Renascença. A intenção é habilitar o hospital a receber pacientes da Rede Estadual de Saúde, com a realização de procedimentos de baixa, média e alta complexidade. Quando concretizada, a parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e o Hospital Renascença dará celeridade ao atendimento dos usuários do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse).
O secretário de estado da saúde, Almeida Lima, afirma que a parceria irá fortalecer uma rede integrada de saúde em Sergipe (Foto: SES/SE)
Almeida Lima considera que a parceria com a instituição é um passo importante no fortalecimento de uma rede integrada de hospitais. Na visão do secretário, a escolha pelo Hospital e Maternidade Renascença é baseada no histórico da unidade, que tem serviços prestados à sociedade sergipana. “Precisamos dispor de alternativas para melhorar a assistência em saúde oferecida em Sergipe. Considerando que o Hospital Renascença tem histórico na prestação de serviços relevantes ao nosso povo, temos a possibilidade de a mesma estabelecer uma parceria conosco para fins de maior amplitude de resoluções”, destacou Almeida Lima.
A efetivação dessa parceria é considerada uma estratégia importante na resolução de demandas de unidades como o Huse, que hoje lida com um grande número de casos caracterizados como de baixa complexidade, principal causa da superlotação, segundo estatísticas do próprio hospital. “A intenção é criar uma rede de retaguarda para nos assistir enquanto Estado, já que temos o dever de prestar assistência à população. Essa medida não poderá ser feita de imediato, porém, há adaptações que podem estudadas, avaliadas e resolvidas num prazo médio de 60 dias para, enfim, contarmos com mais um auxílio na gestão da saúde no Estado”, ressaltou.
A visita ao Hospital contou com a participação de gestores da SES (Foto: SES/SE)
O superintendente do Huse, Luiz Eduardo Correa, destaca a importância dessas avaliações que podem contribuir para a diminuição da superlotação no Huse e proporcionar mais agilidade na realização de procedimentos cirúrgicos. “Após a adequação mínima na Renascença poderemos ter um ‘plano B’ para cirurgias ortopédicas, para leitos de retaguarda, que são muito importantes para desafogar o pronto socorro do Huse”, pontuou o superintendente
Samu
Considerando a válida interligação mantida entre as unidades de saúde gerenciadas pela SES, o superintendente do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe), Márcio França, é adepto da descentralização que gera parcerias para redistribuição de pacientes da rede estadual de saúde em outros centros especializados e, com ela, a maior celeridade em todo o processo inerente ao atendimento. “Além de termos a possibilidade de reservarmos ao Huse somente os pacientes que cabem à unidade receber, teremos benefícios para o cumprimento de demandas pelo Samu e pelo Serviço de Remoção Inter-Hospitalar Assistida (SHIRA). Essas últimas terão como regular e atender de forma mais rápida o paciente, tendo disponível uma unidade como a Renascença para, de pronto, o paciente ser acolhido”, salientou Márcio França.
Renascença
Com a parceria, o Hospital passará a integrar uma rede de retaguarda dos atendimentos do Huse (Foto: SES/SE)
O diretor geral da Renascença, Jardel Mitermayer, concorda que os serviços hospitalares a serem oferecidos podem atender a demanda reprimida existente atualmente no Estado. “Em relação à área cirúrgica, por exemplo, podemos oferecer suporte nos procedimentos gerais ou mais especificamente, nos ortopédicos ou neurocirúrgicos. Para isso, estão sendo retomados na unidade serviços de urologia, ortopedia, tomografia, raio x digital e ultrassom, recursos que poderão oferecer assistência eficiente e qualitativa também aos usuários do SUS”, avaliou Mitermayer.