Hipertensão é tema de palestra para trabalhadores da Rede Especializada de Aracaju
Em alusão ao Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, celebrado nesta quarta-feira, 26, o Centro de Especialidades Médicas de Aracaju (Cemar) Siqueira Campos promoveu uma palestra com a cardiologista Sheyla Ferro. A ação aconteceu no auditório para os trabalhadores do órgão da Rede Especializada da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

Hipertensão é tema de palestra para trabalhadores da Rede Especializada de Aracaju (Foto: SMS/Aracaju)
De acordo com a enfermeira Genisete Pereira, responsável técnica pela Educação Permanente da Rede Especializada, é importante envolver os profissionais nos temas da saúde. “Nos dias em que se comemoram temas ligados à saúde, nós aproveitamos para fazer alguma ação voltada aos trabalhadores da rede. Hoje, como é o dia de lembrarmos da hipertensão, solicitamos à médica cardiologista Sheyla Ferro, que atende aqui no setor de Cardiologia do Cemar, para fazer um alerta sobre a importância da prevenção e os riscos da doença pela manhã. À tarde, o enfermeiro cardiologista Artur Louis Silva faz uma roda de conversa com outros profissionais”, explicou Genisete.
Para a médica Sheyla Ferro, a hipertensão é uma doença séria, limitante, incurável e progressiva. “Ela é comparável ao câncer e à aids, mas geralmente as pessoas acham que é mais simples. Não é. A hipertensão não é um estado de espírito, é uma doença. Uma vez detectada deve-se tomar remédio de forma definitiva. Por isso a grande importância da prevenção, que deve começar na base, quando criança”, argumentou a cardiologista.
Segundo ela, mais de 25 milhões de brasileiros têm a doença, mas menos de 30% fazem o tratamento correto. “No nosso país 400 mil pessoas por ano sofrem de acidente vascular cerebral (AVC) e a causa é a hipertensão. Por isso, reforço que devemos orientar as crianças a comerem mais frutas, sanduíches naturais, diminuir o sal da comida para evitar a obesidade, o colesterol alto, o diabetes e fazer mais atividade física”, completou a médica.
A hipertensão é uma condição clínica multifatorial caracterizada pela elevação sustentada dos níveis pressóricos (acima de 140x90 mmHg) agravada por ser associada a fatores de risco como peso, idade, maus hábitos, histórico familiar, entre outros. O Nordeste é a região do país onde há o maior índice de elevação da pressão (31,80%). “Devido às nossas comidas regionais serem mais salgadas”, explicou Sheyla Ferro.
“É muito bom ter este espaço para o profissional porque nós podemos tirar as nossas dúvidas. Muitas vezes trabalhamos com as pessoas e nós mesmos temos questionamentos. Eu sou hipertensa, tomo os medicamentos corretos, mas tem trabalhadores que não fazem isso”, falou Maria Auxiliadora Gomes, técnica de enfermagem do setor de Cardiologia do Cemar.
Também participaram da palestra os estudantes do curso de Enfermagem da Universidade Tiradentes (Unit).
Unidades
As Unidades de Saúde da Família (UFS’s) também fizeram eventos em alusão ao Dia da Hipertensão, a exemplo das USF’s Augusto Franco no bairro Farolândia, Cândida Alves, no bairro Santo Antônio, e Antônio Alves, no bairro Atalaia. A USF Augusto Franco promoveu ações do Programa de Saúde Bucal e de Saúde do Adulto, além da participação de estudantes da Unit e do grupo de idosos da unidade, que aproveitaram e tomaram a vacina contra a gripe. Nessa quinta-feira, 27, ocorrem ações alusivas ao mesmo tema promovida pela USF Oswaldo de Souza, no bairro Getúlio Vargas.