Aracaju (SE), 18 de maio de 2025
POR: Asscom Unit
Fonte: Asscom Unit
Em: 22/07/2022 às 11:03
Pub.: 22 de julho de 2022

Intensidade das chuvas pode provocar fragilidade nos Cânions de Xingó

Para evitar acidentes, professor da Unit destaca a importância na regularidade das perícias.

Anderson Sobral, professor do curso de Engenharia Civil da Unit - Foto: Asscom Unit

Anderson Sobral, professor do curso de Engenharia Civil da Unit - Foto: Asscom Unit

A princípio, não há indicativos de risco envolvendo colapso de rochas pertencentes aos Cânions de Xingó, localizado no município de Canindé de São Francisco, extremo Noroeste do estado de Sergipe. Porém, conforme alertado pelo doutor e professor do curso de Engenharia Civil da Universidade Tiradentes (Unit), Anderson Sobral, diante da intensidade das chuvas que predominam, sobretudo no Nordeste brasileiro, precisa ser investigada como um dos fatores capazes de gerar rachaduras e impulsionar os riscos de acidentes. Entre os dias 14 e 23 de fevereiro deste ano, peritos do Serviço Geológico do Brasil desenvolveram uma pesquisa de campo quando foi possível identificar 13 pontos de vulnerabilidade.

Este trabalho minucioso contou com a participação direta de profissionais do Serviço Geológico do Brasil, com o apoio do Departamento Estadual de Proteção e Defesa Civil. Integrantes da Superintendência Especial de Recursos Hídricos e Meio Ambiente (Serhma), da Defesa Civil e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), também colaboraram com as análises. O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, indica que o tempo instável deve permanecer até o próximo dia 22 de setembro, quando encerra oficialmente o ciclo do inverno no Brasil. Anderson Sobral destaca a necessidade de manter os estudos contínuos em toda a região apontada por turismólogos como um dos pontos de destaque em Sergipe.

“A pluviosidade é um importante agente de intemperismo e erosão. O aumento das chuvas poderá provocar um aumento nas manifestações apresentadas nas rochas. Sobre o turismo, não é perigoso; que isso fique sempre claro. É fundamental apenas que estes espaços sejam gerenciados por pessoas que entendem do assunto, para que os procedimentos de segurança sejam realizados”, avaliou. Questionado sobre a complexidade dos estudos, o professor esclareceu que trata-se de uma pesquisa de campo realizada em conjunto. Dados apresentados pelo Ministério Público de Minas Gerais indicam que desde 2019 os cânions localizado no Lago de Furnas, a 293 Km de Belo Horizonte, já apresentavam risco.

“Não há motivo para pânico. A produção deste relatório contribuiu para que todos nós possamos aprofundar o conhecimento da geologia das paisagens. Isso inclui tudo aquilo que precisa ser feito e criar órgãos que possuam profissionais competentes da geologia, geotecnia, geografia e biologia. Esse trabalho multidisciplinar permite acompanhar os sistemas terrestres e garantir a exploração, visitação e demais ações econômicas com segurança”, completou Anderson Sobral.


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