Aracaju (SE), 21 de novembro de 2025
POR: Governo de Sergipe
Fonte: Governo de Sergipe
Em: 08/11/2023
Pub.: 09 de novembro de 2023

Feitec apresenta 39 projetos produzidos por alunos e professores da rede pública estadual

Inovação com alcance social norteia projetos desenvolvidos na rede pública estadual de ensino, conferidos na primeira edição da Feira.

Feitec apresenta 39 projetos produzidos por alunos e professores da rede pública estadual - Foto: Maria Odília | Governo de Sergipe

Feitec apresenta 39 projetos produzidos por alunos e professores da rede pública estadual - Foto: Maria Odília | Governo de Sergipe

O público que foi conferir a I Feira de Inovação, Tecnologia, Empreendedorismo e Ciência da Fapitec/SE (Feitec), ocorrida nesta quarta-feira, 8, em Aracaju, pode ter um desenho dos projetos de iniciação científica e tecnológica que estão sendo desenvolvidos nas unidades escolares da rede pública estadual de Sergipe. Dos 72 projetos, 39 foram expostos e apresentados por professores e alunos das escolas estaduais em parceria com a Fapitec.

Desde a criação de games, braços robóticos, sistema contra queimaduras de crianças, a absorventes de tecido biodegradável da fibra da cana de açúcar; pesquisa de identidade e diversidade sobre a ótica do cabelo e a presença da mulher na imprensa sergipana no século XIX; os estudantes orientados pelos professores foram os protagonistas da Fapitec, ação realizada pela primeira vez, com o objetivo de divulgar os projetos apoiados pela Fundação.

Do Centro de Excelência Jonas Amaral, localizado em Nossa Senhora do Socorro, o professor Lucas Pazoline e os alunos orientandos do projeto “Égidis” levaram para a feira uma plataforma de segurança digital que traz 16 trilhas de aprendizagem, em que os usuários escolhem oito trilhas. Ao completá-las, o usuário recebe uma certificação e baixa o material. “O objetivo é fornecer conhecimento para que os usuários possam se prevenir dos riscos do universo digital, golpes, fake news, entender a dinâmica das leis de proteção ao usuário e dados e evitar código maliciosos”, explicou.

A bolsista do projeto “Égidis”, Maria Eduarda, da 2ª série do Jonas Amaral, classificou a participação no projeto de iniciação científica como um passo importante na escolha da profissão que quer seguir. “Temos muitas oportunidades trabalhando a pesquisa, além de contato com um mundo de que nunca participei. Vou seguir as pesquisas e quero fazer Direito para aplicar a lei de proteção e dados”, disse.

O projeto “Robótica no Seixas”, do Centro de Excelência Seixas Doria, de Nossa Senhora do Socorro, orientado pelo professor de Química, Gêneses Costa, expôs três criações que chamaram a atenção do público: um Sistema de Prevenção de Queimadura (SPQ), que indica por meio de luz e som quando uma criança se aproxima do fogão; um game inclusivo que trabalha a neuropedagogia do conhecimento através da linguagem motora e do conceito de compreensão da logística, além de um braço mecânico.

A cada estande, o público se surpreendia com criações, experimentos e pesquisas, como o projeto “Hidropônia na escola”, do Centro de Excelência Valter Franco, em Estância, que implantou um sistema de estufa semiautomática que rende hortaliças consumidas durante todo o ano na merenda escolar e já comercializam alface, rúcula, coentro e cebolinha para autofinanciar o projeto. O projeto foi 7º lugar geral na Cienart 2023, tem cunho sustentável e serve como laboratório vivo para a escola.

Além de projetos escolares
A chefe do Serviço de Apoio ao Desenvolvimento Estudantil (Saedes/Dase) da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura, Danielle Virginie, percorreu todos os estandes e participou da apresentação dos 12 projetos das escolas públicas estaduais em formato de seminário. Para ela, a forma como a Seduc vai além do incentivo no âmbito da produção científica escolar, mas em chegar a outros níveis que impactam positivamente na vida do sergipano, por exemplo, o desenvolvimento de vacinas, de medicamentos e das diversas áreas do conhecimento.

É o caso do projeto “Dignidade Menstrual Sustentável”, orientado pela professora Darcylaine Vieira Martins, do Colégio Estadual Dr. Antônio Garcia Filho, em Umbaúba, que levou ao evento um absorvente à base da fibra extraída do beneficiamento da cana-de-açúcar num engenho da região.

A estudante Iulânia Firmino, da 2ª série e participante do projeto, explicou que foi feita uma pesquisa com alunas e a partir daí se verificou que a pobreza menstrual é uma realidade, o que fez com que a equipe de alunos, orientados pela professora Darcylaine Martins, transformasse o bagaço em fibra esterilizada, que ganhou um revestimento de tecido de bambu 100% orgânico, produzido também como um tecido impermeabilizado, que consegue grande absorção. Como o produto envolve consumo humano, está no processo de ser testado e analisado pelo Comitê de Ética da UFS a fim de que seja realizado um estudo de viabilidade e patente.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia, Valmor Barbosa, representando o governador Fábio Mitidieri, lembrou que é determinação do governo apoiar a iniciação científica e pesquisas que envolvam, sobretudo, cunho social. “A Educação tem um portfólio muito grande para que a gente possa contribuir no ensino médio, no fundamental e na vida das pessoas. Temos convênios assinados com a Secretaria de Estado da Educação e da Cultura justamente para promover essa parceria”, destacou.

Com uma linha voltada para o social, o projeto “Olhar fotográfico: Identidade por um fio”, orientado pela professora Ana Graziela Feitosa Rocha, também do Centro de Excelência Jonas Amaral, de Nossa Senhora do Socorro, promoveu uma pesquisa em que foi identificado que o cabelo influencia na construção da identidade. “Trabalhamos o bullying, a aceitação, a personalidade, a identidade e uma proposta de desconstrução do poder da estética imposta pela sociedade por meio do cabelo. Eles foram convidados a participar de uma sessão fotográfica e os depoimentos foram os mais diversos”, disse.

O diretor-presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), Alex Garcez, destacou que os editais abertos em conjunto com a Seduc têm o objetivo de trabalhar a base, de “startar a mente dos jovens”. “Os jovens têm muitas ideias para inovar na área da tecnologia, e é isso que o Estado precisa: aprender a inovar com empreendedorismo para serem grandes empresários, gestores, futuros cientistas, pesquisadores”, avaliou.

WhatsApp

Entre e receba as notícias do dia

Matérias em destaque

Click Sergipe - O mundo num só Click

Apresentação