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Aracaju (SE), 27 de dezembro de 2024
POR: Tereza Andrade
Fonte: Assessoria
Em: 09/12/2024 às 13:07
Pub.: 09 de dezembro de 2024

Trabalhadores do comércio e serviços iniciam Campanha Salarial 2025 e reafirmam luta contra jornada 6x1 e banco de horas

Ronildo Almeida, presidente da Fecomse - Foto: Assessoria

Os trabalhadores e as trabalhadoras do comércio e serviços, organizados em suas entidades representativas, deram início à Campanha Salarial 2025. A pauta de reivindicações definida em assembleias da categoria, e já entregue à classe empresarial, reforça, entre outros pontos, a luta da categoria pela redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6x1 e do banco de horas.

Ronildo Almeida, presidente da Federação dos Empregados no Comércio e Serviços de Sergipe (Fecomse), explica que a proposta apresentada pelos trabalhadores inclui, além de reivindicações voltadas a cláusulas econômicas e sociais, a luta histórica das comerciárias e dos comerciários contra a jornada de trabalho 6 X 1 e o banco de horas.

“Essa demanda reflete um anseio coletivo por melhores condições de trabalho e qualidade de vida. Jornadas de trabalho mais adequadas já são aplicadas em várias partes do mundo e é uma discussão que está ocorrendo em todo o Brasil. Atinge diretamente os comerciários e as comerciárias, que, muitas vezes, vivenciam jornadas exaustivas, que afetam o seu dia a dia”, pondera Ronildo Almeida.

Qualidade de vida e produtividade - Para o dirigente sindical, mais tempo de descanso significa uma melhoria na qualidade de vida do trabalhador, maior produtividade e uma redução nos riscos de doenças relacionadas à fadiga. Para os empregadores, colaboradores mais satisfeitos e saudáveis tendem a ser mais engajados e eficientes, o que se traduz em melhores resultados para a empresa.

“Estudos demonstram que a satisfação dos trabalhadores está diretamente ligada a um aumento na produtividade e na qualidade do serviço prestado, resultando em benefícios para as empresas. A mudança da jornada pode criar postos de empregos e, consequentemente, contribuir para uma sociedade com menos mazelas e mais desenvolvimento com inclusão”, avalia Ronildo Almeida.

Prejuízos financeiros e sociais - O presidente da Fecomse espera agilidade nas negociações para o fechamento das Convenções Coletivas de Trabalho 2025, visto que a maioria dos setores tem data-base em 1º de janeiro.

“A situação é bastante crítica, com acúmulo de prejuízos financeiros e sociais nos últimos anos. Esperamos que nossos pleitos e necessidades sejam respeitados, não como um favor, mas como pagamento pelo trabalho efetivo que realizamos. É preciso urgentemente que negociemos nossa pauta, com reajuste salarial e melhores condições de trabalho”, ressalta Ronildo Almeida.

Pauta - Entre as reivindicações dos trabalhadores estão a manutenção de todas as cláusulas das convenções coletivas vigentes, recomposições salariais e discussão de algumas cláusulas novas que se fazem necessárias para que haja avanços para a categoria.  


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