Aracaju (SE), 21 de novembro de 2024
POR: Wellington Amarante
Fonte: Ascom Sebrae/SE
Pub.: 14 de outubro de 2015

Sergipanas estão se dedicando mais ao empreendedorismo

Número de empresárias cresceu 11,1% em oito anos, levando o estado ao quinto lugar no ranking de empreendedorismo feminino.

Denise Somera decidiu investir no comércio de acessórios (Foto: Alfredo Moreira)

Denise Somera decidiu investir no comércio de acessórios (Foto: Alfredo Moreira)


O número de mulheres sergipanas que resolveram apostar no empreendedorismo e decidiram abrir um negócio cresceu 11,1% em oito anos. Em 2005 elas eram 81 mil, enquanto em 2013 esse número saltou para 90 mil empresárias.

Em Sergipe elas são responsáveis pelo comando de 33,3% do total dos empreendimentos. Ou seja, de cada três empresas, uma é chefiada por mulher. Em termos relativos, esse percentual leva o estado a ocupar o quinto lugar no ranking nacional de empreendedorismo feminino, ficando apenas atrás do Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Maranhão.

Os dados fazem parte do estudo “Anuário das mulheres empreendedoras e trabalhadoras em micro e pequenas empresas”, elaborado por meio de uma parceria entre o Sebrae e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As informações foram coletadas na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo aponta que essas empresárias são jovens (50,2% delas possuem entre 18 e 39 anos), chefes de família (39%), possuem ao menos um filho (70%) e também desempenham atividades domésticas (93% delas). 
Setores
Elas exercem suas atividades principalmente nos Setores de Serviços e Comércio, sobretudo na venda de roupas, acessórios e calçados, comercio ambulante e cabeleireiros. As mulheres também ocupam bastante espaço em atividades voltadas ao atendimento das necessidades básicas da população, como alimentação e saúde.
Esse universo feminino é composto por pessoas como Denise Somera, que abandonou a carreira de jornalista para se dedicar ao sonho de abrir a Bela Prata, sua loja de acessórios. 
“Sempre quis ter a minha empresa. Quando trabalhei como jornalista, sempre ficava inventando novos negócios, pautas diferentes, e assim percebi que tinha um perfil empreendedor. Minha motivação sempre foi oferecer um serviço diferenciado aos clientes, pois eu acreditava que poderia fazer melhor do que o mercado já oferecia. Pensando nisso  busquei abrir um negócio que levasse em consideração um público, do qual eu fazia parte, que não era atendido por ninguém”.
Os dados do Anuário mostram ainda que o nível de escolaridade é maior entre as mulheres empreendedoras do que entre os homens. Mais de 36% delas têm nível superior completo ou mais, enquanto o percentual no sexo masculino é de 23,9%.
“Isso revela que as mulheres estão se preparando cada vez mais antes de empreender. Elas percebem que para gerenciar bem um negócio é preciso estar cada vez mais munido de informações sobre a atividade que exercem ou pretendem exercer. Isso com certeza aumenta as chance de sobrevivência dessas empresas no mercado”, ressalta o superintendente do Sebrae em Sergipe, Emanoel Sobral.
As empreendedoras, por sua vez, ainda apresentam um rendimento médio 32% menor ao recebido pelos homens. Porém, elas têm maior acesso aos recursos de telefonia e informática, têm baixa cobertura dos sistemas de previdência e trabalham predominantemente em local fixo urbano ou no próprio domicílio.


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