Sejuc contabiliza 77 prisões por tentativas de introdução de materiais ilícitos no sistema prisional sergipano
Também foram apreendidos 313 celulares, aproximadamente seis quilos de entorpecentes, entre outros itens. Dados são de janeiro a dezembro de 2024
A Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc), por meio do Departamento do Sistema Penitenciário de Sergipe (Desipe), divulgou, nesta segunda-feira, 13, um balanço sobre as prisões realizadas em presídios sergipanos no ano de 2024. As detenções, 77, ocorreram durante tentativas de ingresso de visitantes com materiais ilícitos, incluindo drogas, equipamentos eletrônicos e, especialmente, aparelhos celulares e carregadores, evidenciando a intensificação das ações de segurança nas unidades.
O relatório detalha que as prisões se concentraram em sete unidades prisionais, incluindo o Complexo Penitenciário Dr. Manoel Carvalho Neto (Copemcan), em São Cristóvão; o Presídio Semiaberto de Areia Branca (Presab); a Cadeia Pública de Areia Branca (CPAB); o Presídio Regional Juiz Manoel Barbosa de Souza (Premabas), em Tobias Barreto; o Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), em Aracaju; a Cadeia Pública de Estância; e a Cadeia Territorial de Nossa Senhora do Socorro.
De acordo com o diretor do Desipe, Agenildo Júnior, as detenções resultaram do trabalho técnico realizado pelos policiais penais durante a revista, procedimento que antecede e permite a entrada dos visitantes nas unidades prisionais. "Através do uso do scanner corporal, nossos policiais têm a capacidade de identificar o que a pessoa está carregando, seja dentro das roupas, por baixo delas ou até mesmo no interior do corpo. Dessa forma, conseguimos detectar com mais eficiência, segurança e agilidade,a presença de algum material, impedindo que objetos ilícitos sejam inseridos no interior das unidades", explica o diretor.
Segundo ele, a maior parte dos flagrantes são de mulheres que tentam entrar nas unidades prisionais com substâncias ilícitas. “Elas acabam sendo utilizadas pelos próprios companheiros, que estão encarcerados, aproveitando o dia de visitas, para tentar entrar nos presídios com as drogas ou outros itens proibidos. Mas, graças à atuação dos nossos policiais, elas acabam sendo flagradas e encaminhadas até uma delegacia de polícia, para a comunicação do crime”, explica Agenildo Júnior.
No mesmo período, o Desipe registrou a apreensão de aproximadamente seis quilos de entorpecentes, entre maconha e cocaína, 313 telefones celulares, além de diversos equipamentos eletrônicos, a exemplo de carregadores, fones de ouvido, modens e até drones. Parte da apreensão desses materiais também se deve ao monitoramento intenso e a vigilância constante realizada pelos policiais penais que atuam nas guaritas. “Eles acabam desempenhando um papel crucial ao manter a vigilância e agir rapidamente, seja identificando tentativas de arremesso de materiais para dentro das unidades ou interceptando a entrada de celulares, drones e outros equipamentos", afirmou o gestor do Desipe.
A secretária de Justiça, Viviane Pessoa, destaca a importância desse trabalho realizado no sistema prisional para o fortalecimento da segurança pública em Sergipe. "As apreensões e prisões realizadas são reflexo do comprometimento de nossa equipe em garantir que os presídios sergipanos se tornem ambientes mais seguros. E isso acaba impactando diretamente na segurança pública, pois acaba reduzindo a capacidade de atuação dos grupos criminosos, contribuindo para um ambiente mais seguro tanto nas unidades prisionais quanto nas comunidades do nosso estado”, finaliza.