Victor Barreto une inclusão e experiência na disputa do Quinto Constitucional da OAB/SE
Especialista em Direito Tributário e mestre em Direitos Humanos, advogado sergipano concorre à vaga destinada à pessoa com deficiência
Com a divulgação da lista de candidaturas confirmadas ao Quinto Constitucional da OAB/SE, o advogado Victor Barreto destaca-se entre os nomes que concorrem à vaga destinada à advocacia Pessoa com Deficiência (PCD). Advogado com deficiência auditiva bilateral, ele defende que a presença de pessoas com deficiência nos espaços de poder é uma conquista que simboliza avanço e representatividade, além de compromisso com inclusão e políticas afirmativas.
Formado em Direito pela Universidade Tiradentes, pós-graduado em Direito Tributário pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e mestre em Direitos Humanos, Victor reúne quase duas décadas de experiência na advocacia pública e privada. Ele iniciou a carreira ao lado de profissionais que o inspiraram pela prática ética e atualmente é Procurador do Município de Lagarto, cargo que ocupa desde os primeiros meses após sua formatura.
“Estar próximo da população me fez compreender o papel social da advocacia. Nosso trabalho impacta diretamente a vida das pessoas, especialmente quando lidamos com os desafios do interior do estado”, afirma.
Defensor histórico das políticas afirmativas e da diversidade dentro da advocacia, Victor considera a reserva de vagas PCD no edital da OAB/SE um marco na história da instituição. “Esse é um momento que demonstra o quanto Sergipe está à frente do seu tempo. A OAB está transformando discurso em prática, consolidando ações concretas de representatividade”, avalia.
Com trajetória marcada pela militância na causa das pessoas com deficiência, Victor é também autor do livro “Inclusão Excludente – o tratamento jurídico das pessoas com deficiência em grau médio no Brasil”, obra que analisa as lacunas da legislação e propõe reflexões sobre equidade e acessibilidade no sistema jurídico. A publicação reforça seu compromisso com uma Justiça mais plural e sensível às diversidades humanas.
Ele também faz questão de destacar que sua candidatura nasce da vivência e da escuta ativa da classe. “Apresento minha candidatura com a legitimidade de quem vive a realidade da pessoa com deficiência, mas também com a responsabilidade de quase duas décadas dedicadas à advocacia pública e privada. Acredito que inclusão e excelência caminham juntas. Essa é uma disputa que vai muito além da condição física — trata-se de garantir que a vaga PCD seja ocupada com preparo, compromisso e representatividade real".
Além da pauta da inclusão, o advogado defende o fortalecimento da advocacia dativa, a valorização dos honorários sucumbenciais, a proteção das prerrogativas profissionais e a ampliação dos canais de diálogo entre advocacia e Judiciário — especialmente por meio de ferramentas tecnológicas e de maior presença institucional nas comarcas do interior. “Quero contribuir com um Judiciário mais acessível, humano e eficiente, sem perder de vista o compromisso com a ética e a escuta ativa da advocacia”, completa.