Festival Sercine celebra os vencedores de sua 11ªedição

O Centro de Cultura e Arte de Aracaju e o Cinema Vitória foram os grandes palcos que receberam um público diverso, e que, durante uma semana, de 15 a 22 de fevereiro, assistiu, debateu e respirou o cinema brasileiro na 11ª edição do Festival Sercine. Realizado pela Rolimã Filmes com recursos da Lei Complementar Federal nº 195/2022 – Lei Paulo Gustavo, por meio do edital Nº 06/2023 – TARCÍSIO DUARTE, executado pela Fundação de Cultura e Arte Aperipê de Sergipe – FUNCAP/SE, o festival aconteceu de maneira gratuita e coroou 10 produções de várias partes do país, com o troféu O Beijo, desenvolvido pelo artista sergipano Antônio da Cruz, inspirado na obra de Ilma Fontes, com o mesmo nome.

Para um dos idealizadores do festival, Baruch Blumberg, realizar mais uma edição do Sercine é um grande desafio e retoma o propósito pensado desde a sua criação, que é o de ser uma janela de acesso para a produção cinematográfica brasileira e sergipana. “Percebo com o encerramento do 11° Sercine, o público participando e se engajando nas atividades, e como o festival ocupa um local importante para se ver filmes, mas também para se pensar o cinema, nosso cinema, e conectar as pessoas com os filmes e realizadores e realizadoras. Estar de novo presencialmente é de uma alegria tremenda, nos aquece e carrega as forças para o próximo Sercine", destacou, Baruch. 

O público foi um dos grandes destaques, se fazendo presente durante todos os dias do festival, seja pelo dia nas discussões sobre as Mostras, seja na exibição dos filmes. “Eu não sou do audiovisual, sou da História, estudante, mas desde 2018 acompanho o festival e virei fã de carteirinha a cada edição. Eu acho que o Sercine é um acalanto para toda a produção audiovisual daqui do estado de Sergipe, para todos os profissionais de audiovisual e também para a gente que é amante de cinema de ter um festival inteiramente sergipano e que a gente pode discutir e conviver durante essa semana, ao longo deste evento maravilhoso”, afirmou o estudante do curso de História (UFS), Leonardo Santos.

E por falar em público universitário, o festival contou com a Mostra Universitária, de forma a valorizar as produções realizadas pelos estudantes de instituições de ensino superior. “Essa é a primeira vez que eu exibi um filme na Mostra competitiva universitária, que é um filme que vem da universidade, foi feito a partir de um projeto de extensão. Então, a gente tem o desafio de contemplar as quadrilhas juninas daqui de Sergipe, essa manifestação de periferia que movimenta muita gente, traz dignidade pra muita gente, e além da exibição, foi muito legal que tive um retorno, isso é sempre bom, é um estímulo. Eu acho que o festival ajuda a contribuir com um panorama nacional de exibição de filmes, para que a gente consiga fazer com que as obras de fato cheguem ao público, e essa edição foi um sucesso total e outras serão com certeza, para  continuar estimulando a gente”, celebrou Neto Astério, que recebeu Menção Honrosa pelo curta Anarriê.

Confira os vencedores nas categorias da 11ª. Edição do festival:

Júri Oficial:
 Mostra de Longas – Diálogos com Ruth de Souza - Dir. Juliana Vicente - SP
 Mostra Brasis – Infantaria - Dir. Laís Santos Araújo - AL
Mostra Nordeste - Bucho de Peixe - Dir. Johann Jean- RN
 Mostra Universitária - Quando eu soltar a minha voz - Dir. Guilherme Telles - UNESA

Júri Popular (voto do público):
Mostra de Longas - – Diálogos com Ruth de Souza - Dir. Juliana Vicente - SP
Mostra Brasis- Sobre Amizade e Bicicletas - Dir. Julia Vidal,  PR
 Mostra Nordeste - Quando Chegar a Noite, Pise Devagar  - Dir. Gabriela Alcântara - PE
Mostra Universitária - Cadê o Mamulengo que Tava Aqui?  - Dir. Antônio Rafael- UFS

Menções Honrosas:
Reconhecimento especial no SERCINE 11!
Mostra Universitária - Anarriê – Dir. Neto Astério | UFS
Mostra Brasis - Conexão_entre mundos – Dir. W. Mazzega | SE