Projeto inédito de Pedro Luís e Yuri Queiroga reúne canções revisitadas de ambos em um álbum-concerto pop
O projeto terá show de lançamento no FIG, Festival de Inverno de Garanhuns, PE, dia 29/07.
O álbum será lançado em áudio stereo em todas as plataformas digitais e na tecnologia dolby atmos, com exclusividade para assinantes da Apple Music.

Pedro Luís e Yuri Queiroga - Foto: Jorge Bispo
O trabalho tem a assinatura da dupla de músicos parceiros, que se desafiaram a partir de composições clássicas de Pedro Luís – com temas que infelizmente, do ponto de vista sócio-cultural brasileiro, ainda são atuais - e a produção personalíssima de Yuri Queiroga, por um viés mais eletrônico que resulta em uma música eletro-orgânica. As letras fortes e o ritmo dançante em total sintonia entre percussões e beats fortalecem o discurso, que fala sobre a miséria, o amor, o cotidiano, a família e as urgências da pauta ambiental.
O processo de feitura do trabalho reúne múltiplas e inusitadas sonoridades e linguagens em um “álbum-concerto”, em que a dupla é a “banda sinfônica” - tanto descarregando seus multi-instrumentos gravados para serem disparados, quanto performando ao vivo. Os vídeos que acompanham as músicas ganham especial destaque, com imagens subaquáticas do acervo dos mergulhadores Ricardo Gomes e Doug Monteiro, editadas por Jéssica Leal, a exemplo de “Miséria S.A” (com siris em disputa e tartarugas pedindo ajuda), “Sangue soa” (com pescadores artesanais explorando a natureza com pouco impacto), “Miséria no Japão” (com imagens de plásticos, máscaras e outros lixos humanos no mar e nas praias) e “Batalha naval” (com peixes e tubarões cuja aparência é assustadora e são marginalizados e tidos como perigosos sem de verdade serem).
O repertório, segundo Yuri, fala da interação com o meio ambiente e, em relação ao vento terral, indaga: “Que ventos a gente quer enviar daqui da terra pro mar?”
“O baile tá posto, o passo é livre e a melhor onda será com vocês. Venham!”, convidam os músicos, que também sugerem: “Seja um bom vento terral! Coloque seu fone, dê play no disco e recolha um lixo da praia!".
Mais sobre os artistas
Pedro Luís
Raro artista auto-suficiente, multifacetado e agregador, compõe canções para MPB com vários parceiros. Seu cancioneiro autoral passeia por diversos matizes sendo gravado por Ney Matogrosso, O Rappa, Cidade Negra, Fernanda Abreu e Elza Soares. Foi diretor musical de “As Brasileiras” e “Elza”, ambas da rede Globo.
É fundador, idealizador e intérprete do Monobloco. Além dos clássicos discos de Pedro Luís e a Parede, lançou os álbuns solo Tempo de menino, Aposto, Vale quanto pesa: pérolas de Luiz Melodia e Macro, projeto em parceria com Batman Zavarese.
Yuri Queiroga
Produtor musical e músico, o recifense Yuri Queiroga ganhou um Grammy Latino em 2007 pelo disco Qual o Assunto Que Mais Lhe Interessa, de Elba Ramalho. Ganhou melhor trilha sonora no Festival Cine Música com “Amor, Plástico e Barulho”. Produziu trilhas do programa "Transando com Laerte”, novela “Geração Brasil” da Rede Globo e espetáculo “O Cão Sem Plumas” da Cia Déborah Colker. Em 2019 foi indicado novamente ao Grammy Latino por O Ouro do Pó da Estrada, de Elba Ramalho, e ao Prêmio da Música Brasileira pelo projeto Frevotron com os parceiros Spok e DJ Dolores. Como músico, acompanhou os artistas Lula Queiroga, Roberta Sá, Otto, China e Elba Ramalho em turnês pelo Brasil e Silvério Pessoa, Dj Dolores e Lucy Alves em shows pela Europa, Estados Unidos, Canadá, Emirados Árabes e Japão. Com Pedro Luís, assina a produção musical do Projeto Macro e do fonograma Caio No Suingue relançado em 2021.