Sob o olhar da mãe atípica :: Por Luciana Couto
Luciana Couto*
As maiores dificuldades enfrentadas por mães atípicas no dia-a-dia
Luciana Couto - Foto: Arquivo pessoal
Mulheres que enfrentam uma jornada diária que exige equilíbrio emocional, força física e mental, e um sistema de apoio que, infelizmente, muitas vezes é insuficiente.
Mães, cuidadores e responsáveis que estão inseridos nesse formato familiar, necessitam de cuidados e um olhar diferenciado, e aí eu pergunto: por que esse olhar e cuidado?
Em especial as mães atípicas lidam com uma rotina intensa de terapias, tratamentos e medicações para seus filhos. Além do custo financeiro elevado, muitas vezes há uma escassez de profissionais especializados e comprometidos, sem falar daquelas que enfrentam longas filas de espera. Essa mãe que lida diariamente com o espectro do autismo, TDAH ou qualquer outra necessidade especial, precisa ter um tempo dedicado a esses tratamentos, que é significativo para melhor desenvolvimento e qualidade de vida do paciente, exigindo que a mãe ajuste sua agenda e, muitas vezes, sacrifique momentos de descanso, estudos e até mesmo o lado profissional.
Você que está lendo esse artigo, se identificou com alguma dessas situações ou conhece alguém que se enquadra nesse perfil?
O número de famílias nesse contexto é crescente e como a sociedade tem lidado com essas pessoas? Pergunte a uma mãe e rapidamente terá inúmeras respostas, a exemplo da falta de compreensão, rejeição, bullying ou até mesmo a falta de preparo e conhecimento de uma sociedade infelizmente preconceituosa. Essa certamente é uma das maiores barreiras enfrentadas pelas mães atípicas que lidam com olhares de julgamento em locais públicos, comentários insensíveis e a dificuldade de inclusão de seus filhos em ambientes como escolas, parques e outros, devido a isso, grande parte dessas mães, acabam se isolando socialmente devido à falta de empatia e conhecimento da sociedade. Por isso, não julgue a história ou histórico que você não vive ou desconhece.
Pensando na necessidade de cuidar e acolher, hoje, como mãe atípica parabenizo a operadora UNIMED SERGIPE, que tem como propósito apostar na promoção da saúde, no investimento em estrutura e atendimento humanizado para garantir a melhor assistência aos usuários que confiam nesse trabalho.
A Unimed Sergipe, disponibilizará às famílias beneficiárias o Centro de Terapias Especializadas, um ambiente diferenciado com um olhar individual e necessário para esse público.
O objetivo e a proposta desse espaço multidisciplinar é disponibilizar às famílias o serviço humanizado com profissionalismo, acolhimento, amor, respeito e acima de tudo confiança, tanto ao paciente como para o responsável e familiares. Um espaço lúdico e preparado com diversos ambientes adequados para realização de todas as terapias, trazendo aos clientes alívio e esperança no acompanhamento que promete ser feito de forma integrada, personalizada, adaptada e diferenciada, tudo que as famílias atípicas necessitam no atual contexto.
É essencial que a família atípica, seja acolhida com compreensão, em vez de julgamento, pois cada uma delas, carregam suas particularidades e não cabe à sociedade apontar o que é “normal”, “correto” ou “adequado”, mas sim, oferecer apoio, empatia e acima de tudo ensinar e praticar o respeito. O caminho para um mundo mais inclusivo passa pela busca de conhecimento, da valorização da vida pelo outro e de busca por uma convivência familiar saudável firmada em princípios e valores que não se negociam. Ao invés de julgar ou praticar qualquer ação, siga essa recomendação: Abra-se para aprender e compartilhar experiências, ajudando a criar um ambiente onde todos possam florescer em suas particularidades no jeito único e especial de ser.
Por acreditar que fomos feitos para a glória de Deus, conforme a Sua vontade, Ele (Deus), nos criou a imagem e semelhança d’Ele, para sermos Sal e Luz nessa terra e cumprirmos o propósito ao qual Ele destinou. Qual o seu propósito como pessoa, juntar ou separar? Multiplicar ou diminuir? Enfraquecer ou fortalecer? São inúmeras perguntas que você mesmo pode fazer e encontrar as respostas dentro de seu próprio eu.
Como mãe atípica, posso representar a fala de mães que acreditam nesse mesmo propósito e visão e dizer que o propósito é aprender diariamente com as mais diversas ações inusitadas do dia-a-dia, é notar a sensibilidade que se aflora para a importância de se adaptar, acolher e crescer em cada desafio, buscando forças seja ela, com a rede de apoio, espiritual ou profissional é se permitir e aceitar o novo, o inesperado e aprender constantemente com o maior presente que Deus concedeu na dádiva de SER MÃE.
* Formada em Comunicação Social - Jornalismo, Diretora da Top Comunicação & Eventos com experiência em transmitir a informação da mais adequada forma que cada ambiente necessita. Atua como profissional da comunicação rádio/TV/assessoria, eventos e mídias sociais.