Sergipanidade é tema de nova exposição do Corredor Cultural da Secult
Tela de Edidelson Silva (Foto: Secult/SE)
No mês em que se comemora a Emancipação Política de Sergipe, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) promove, no Corredor Cultural Wellington dos Santos “Irmão”, a exposição “Sergipanidade – As Letras e a Memória em Cena”. A mostra de artes visuais, que será lançada na próxima terça-feira, 12 de julho, irá homenagear três escritoras sergipanas: Carmelita Fontes, Gizelda Morais e Núbia Marques.
A exposição será composta por esculturas de Véio, fotografias de José Caldas e Irineu Fontes, e telas de Edidelson Silva, Jaime Farias, Jenner Augusto, José Fernandes, Wellington e da homenageada, Núbia Marques.
Nesta edição serão destinadas Menções Honrosas a Antônio Carlos Viana, Hermínia Caldas, Iara Vieira, Lígia Pina, Luis Antônio Barreto, Mário Cabral, Maruze Reis, Murilo Mellins, Santo Souza e Terezinha Alves de Oliva.
O lançamento está marcado para as 11 horas, no Corredor Cultural Irmão, que fica na sede da Secult, localizada na Rua Vila Cristina, 1051, Bairro 13 de julho, Aracaju.
Emancipação Política
O dia 8 de julho de 1820 é a data em que o Rei do Brasil e de Portugal, Don João VI, assinou o decreto que tornou Sergipe uma Capitania independente da Bahia. Esse processo foi marcado por intensas lutas políticas e, segundo documentos da época, esta foi à maneira que D. João VI encontrou para compensar a participação dos sergipanos na vitória da Corte Portuguesa sobre a Revolução Pernambucana de 1817.
Sobre as homenageadas
Carmelita Pinto Fontes nasceu em Laranjeiras (SE) a 01 de fevereiro 1933. Licenciada em Letras e pós-graduada em Linguística, Literatura Francesa, Literatura Hispano-Americana. Professora, poetisa, contista, cronista, jornalista e teatróloga. Em 1962, tornou-se co-fundadora da Academia Sergipana de Jovens Escritores. Carmelita também fez parte do Conselho Estadual de Cultura, do Conselho Estadual de Educação, e Diretora da revista da UFS, tendo desenvolvido várias atividades referentes às culturas.
Gizelda Santana de Morais nasceu em Campo do Brito (SE), em 30 de maio de 1939. Iniciou o curso de filosofia em Belo Horizonte, e, posteriormente, foi morar em Salvador, concluindo o curso de filosofia e também de psicologia. Fez mestrado em Psicologia na USP e, posteriormente, cursou doutorado e pós-doutorado na França. Ocupou a cadeira nº 13 da Academia Sergipana de Letras. Trabalhou como professora em universidades de Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, além de ter lecionado na Universidade de Nice, França.
Núbia Nascimento Marques nasceu em Aracaju (SE), a 21 de dezembro de 1927. Desde os 14 anos de idade, ela escrevia poemas. Aos 20 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital da República, cursando Belas Artes e trabalhando na Revista Seleções do Reader’s Digest. No Rio, em 1948, frequentou a Sociedade Brasileira de Artes Plásticas. Além das letras, ela também cultivou o desenho e a pintura. Formou-se em Serviço Social, trabalhou na área e tornou-se professora da Universidade Federal de Sergipe. Cursou mestrado na PUC-SP. Ocupou a cadeira nº 34 da Academia Sergipana de Letras, sendo a primeira mulher a adentrar no Sodalício, em 1978.