Aracaju (SE), 23 de novembro de 2024
POR: ASN
Fonte: ASN
Pub.: 12 de julho de 2016

Secult/Sergipe lança exposição sobre Sergipanidade no Corredor Cultural Irmão

Três escritoras sergipanas são homenageadas.

As três homenageadas do evento (Foto: Secult/SE)

As três homenageadas do evento (Foto: Secult/SE)


Homenageando três escritoras, professoras e poetas ícones da cultura sergipana, Carmelita Fontes, Gizelda Morais e Núbia Marques, a Secretaria de Estado da Cultura (Secult) lançou nesta terça-feira, 12, a exposição “Sergipanidade – As Letras e a Memória em Cena”. O tema tem como inspiração a Emancipação Política de Sergipe, que comemorou 196 anos no dia 08 de julho.
“É uma grande alegria receber neste corredor tantas pessoas importantes da nossa cultura, para homenagear três grandes nomes da literatura sergipana. Nosso papel com este espaço é aproximar os funcionários, os artistas e a população à Secretaria de Cultura” afirmou o secretário de Estado da Cultura, Irineu Fontes.   
Representando a irmã Gizelda Morais, Geraldo Santana de Morais, agradeceu a homenagem. “Neste momento queremos agradecer a todos e dizer que quando Gizelda abraçou as áreas de educação e cultura, ela se tornou, e continua sendo, referência da nossa família e da cultura sergipana”, ressaltou. Filha de Núbia Marques, Eneide de Azevedo Déda, também manifestou a satisfação dos familiares. “Gostaria de agradecer, em meu nome e em nome da família, esta importante homenagem referida à minha mãe”.
Nesta edição receberam Menções Honrosas a Antônio Carlos Viana, Hermínia Caldas, Iara Vieira, Lígia Pina, Luis Antônio Barreto, Mário Cabral, Maruze Reis, Murilo Mellins, Santo Souza e Terezinha Oliva. “Fiquei muito feliz, não só por ter sido distinguida com a Menção Honrosa, que agradeço, como também pelas demais referenciadas, sobretudo, as três mulheres homenageadas pela exposição, que têm um valor fundamental para a cultura sergipana”, afirmou Terezinha Oliva.
Uma das principais pesquisadoras sobre a Emancipação Política de Sergipe, Terezinha Oliva também destacou que “esta data é da maior importância porque marca o nascimento de Sergipe como unidade no contexto brasileiro”. No dia 8 de julho de 1820 o Rei do Brasil e de Portugal, Don João VI, assinou o decreto que tornou Sergipe uma Capitania independente da Bahia.
A mostra coletiva contou com esculturas de Véio, fotografias de José Caldas e Irineu Fontes, e telas de Edidelson Silva, Jaime Farias, Jenner Augusto, José Fernandes, Wellington e da homenageada, Núbia Marques.  A exposição segue aberta ao público durante todo o mês de julho no Corredor Cultura Irmão que fica na sede da Secult, localizada na Rua Vila Cristina, 1051, Bairro 13 de julho, Aracaju.
Sobre as homenageadas

Carmelita Pinto Fontes nasceu em Laranjeiras (SE) a 01 de fevereiro 1933. Licenciada em Letras e pós-graduada em Linguística, Literatura Francesa, Literatura Hispano-Americana. Professora, poetisa, contista, cronista, jornalista e teatróloga. Em 1962, tornou-se co-fundadora da Academia Sergipana de Jovens Escritores. Carmelita também fez parte do Conselho Estadual de Cultura, do Conselho Estadual de Educação, e Diretora da revista da UFS, tendo desenvolvido várias atividades referentes às culturas.

Gizelda Santana de Morais nasceu em Campo do Brito (SE), em 30 de maio de 1939. Iniciou o curso de filosofia em Belo Horizonte, e, posteriormente, foi morar em Salvador, concluindo o curso de filosofia e também de psicologia. Fez mestrado em Psicologia na USP e, posteriormente, cursou doutorado e pós-doutorado na França. Ocupou a cadeira nº 13 da Academia Sergipana de Letras. Trabalhou como professora em universidades de Sergipe, Bahia, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, além de ter lecionado na Universidade de Nice, França.

Núbia Nascimento Marques nasceu em Aracaju (SE), a 21 de dezembro de 1927. Desde os 14 anos de idade, ela escrevia poemas. Aos 20 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, então capital da República, cursando Belas Artes e trabalhando na Revista Seleções do Reader’s Digest. No Rio, em 1948, frequentou a Sociedade Brasileira de Artes Plásticas.  Além das letras, ela também cultivou o desenho e a pintura. Formou-se em Serviço Social, trabalhou na área e tornou-se professora da Universidade Federal de Sergipe. Cursou mestrado na PUC-SP. Ocupou a cadeira nº 34 da Academia Sergipana de Letras, sendo a primeira mulher a adentrar no Sodalício, em 1978. 


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