Aracaju (SE), 24 de novembro de 2024
POR: TCE/SE
Fonte: TCE/SE
Pub.: 25 de outubro de 2016

TCE/Sergipe realiza Sexta Cultural em homenagem aos 100 anos de Cabral Machado

Um homem de múltiplos fazeres e vasto conhecimento, cujo centenário é comemorado agora. É em torno de Manoel Cabral Machado, o intelectual de vasta obra, o mestre que ajudou a criar quatro faculdades, o político respeitado e que chegou a vice-governador, o pai e marido amoroso, o presidente fundador do Tribunal de Contas do Estado, que se realiza a próxima Sexta Cultural. 

TCE/Sergipe realiza Sexta Cultural em homenagem aos 100 anos de Cabral Machado (Imagem: Divulgação/TCE/SE)

TCE/Sergipe realiza Sexta Cultural em homenagem aos 100 anos de Cabral Machado (Imagem: Divulgação/TCE/SE)


O evento especial, que acontece na sexta-feira, 28, às 10 horas, no Espaço Cultural do TCE, reúne uma programação à altura da importância do homenageado. Será exibido um documentário sobre a vida e a obra de Cabral Machado, dirigido pelo jornalista Pascoal Maynard. Depois, haverá o lançamento de um selo comemorativo dos Correios e uma palestra com o jornalista e acadêmico João Oliva, amigo de Cabral Machado.

Dois livros serão lançados: “Brava Gente Sergipana e Outros Bravos”, um clássico de autoria de Manoel Cabral Machado que foi reeditado pelo TCE (com o acréscimo de alguns textos de outro livro dele, “O Aprendiz de Oboé”); e “Cabral Machado – O homem, o Intelectual, o Político”, uma biografia inédita do juiz José Anselmo de Oliveira, também organizada pelo TCE.

Durante a sessão de autógrafo das obras, a manhã cultural segue com a exposição pictográfica sobre a vida de Cabral Machado e apresentação de músicas populares com integrantes da Orquestra Sinfônica de Sergipe.

TCE, Alese e ASL

A comemoração do centenário de Manoel Cabral Machado, assim como do também conselheiro José Amado Nascimento, ocorrida em agosto, são iniciativas do próprio presidente do TCE, Clóvis Barbosa de Melo, que também envolveu a Assembleia Legislativa e a Academia Sergipana de Letras. Na segunda-feira, 24, houve uma sessão especial na Alese e, no próximo dia 7 de novembro, a ASL realizará uma sessão solene em homenagem àquele que também presidiu a casa dos imortais sergipanos.

Manoel Cabral Machado nasceu em Rosário do Catete no dia 30 de outubro de 1916. Foi criado em Capela, que considerava o seu verdadeiro torrão natal. Depois de bacharelar-se em Direito na Bahia, ocupou diversos cargos na administração pública, primeiro como secretário do prefeito de Aracaju, José Garcez Vieira, passando pelo governo de Sergipe, onde foi diretor do Serviço Público no governo Maynard Gomes.

Foi secretário da Fazenda e secretário chefe da Casa Civil no primeiro governo José Rollemberg Leite; secretário da Educação no governo Celso de Carvalho e procurador geral no governo Antônio Carlos Valadares. Simpatizante do integralismo antes de tornar-se um dos líderes do Partido Social Democrático, o PSD, foi deputado estadual por três legislaturas, líder do governo Arnaldo Garcez e da oposição a Leandro Maciel e Luiz Garcia.

Chegou a vice-governador do Estado no governo Lourival Baptista. E foi conselheiro e primeiro presidente do Tribunal de Contas do Estado, em 1970, quando o órgão foi fundado. Cabral Machado presidiu o Tribunal de Contas mais duas vezes, em 1977 e em 1985.

Nas décadas de 40 e 50, ele foi professor fundador de quatro faculdades — Ciências Econômicas, Direito, Filosofia e Serviço Social —, escolas que formam o núcleo inicial da Universidade Federal de Sergipe. Já aposentado, Cabral Machado foi diretor do Departamento Jurídico do Tribunal de Justiça, de onde se retirou quando se agravou a cegueira.

Cronista, ensaísta, poeta, cientista, ficcionista e eloqüente orador, ele sempre colaborou na imprensa e no Jornal da Cidade publicou os últimos artigos, uma série sobre os primeiros conselheiros do Tribunal de Contas. Escritor de muitos livros, Cabral Machado também era membro da Academia Sergipana de Letras e da Academia Brasileira de Ciências Sociais.

O prolífico Manoel Cabral Machado, que com a esposa e prima capelense Lourdinha teve seis filhos, morreu no dia 13 de janeiro de 2009, aos 92 anos.


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