Inscrições abertas para Oficina Teórico Prática 'O Conto e a Crônica de Nelson Rodrigues'

Instituto Banese abre inscrições para Oficina Teórico Prática 'O Conto e a Crônica de Nelson Rodrigues'.

Inscrições abertas para Oficina Teórico Prática 'O Conto e a Crônica de Nelson Rodrigues' (Imagem: Divulgação)

Estão abertas até o dia 18 de novembro as inscrições para a Oficina Teórico Prática ‘O Conto e a Crônica de Nelson Rodrigues’, que integra o projeto "Oficinas de Capacitação Técnica e Artística em Artes Cênicas da Funarte 2016". Realizada pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), Ministério da Cultura e Governo Federal, com o apoio do Instituto Banese e do Museu da Gente Sergipana Gov. Marcelo Déda, a oficina tem como objetivo trabalhar a análise e interpretação de contos e crônicas de Nelson Rodrigues, considerado o maior dramaturgo brasileiro, e as possibilidades de transposição destes textos literários para o palco. 

A oficina é inteiramente gratuita e voltada para o público com idade a partir de 14 anos, preferencialmente estudantes de Artes Cênicas. Será ministrada pelo diretor, pesquisador e produtor teatral Antonio Gilberto, tendo como foco a criação de Nelson Rodrigues como contista e cronista, estilos nos quais o autor se destacou pela qualidade de seus textos críticos, profundos, cheios da tragicidade e do humor cotidiano, e que foram publicados em diversos jornais e revistas.  Durante os encontros, será apresentado um resumo histórico sobre a diversidade de sua criação nesta área, bem como a realização de leituras e análises de alguns contos de “A Vida Como Ela É...” e outras crônicas, sob o ponto de vista literário e teatral. a iniciativa busca oferecer aos participantes um consistente trabalho teórico, focado para o estudo literário e sua transposição para a cena teatral, fruto de pesquisa que vem sendo desenvolvida como diretor por  Antonio Gilberto. 

A oficina acontecerá nos dias 28, 29 e 30 de novembro e 01 e 02 de dezembro, de segunda à sexta, das 18h às 22h, na sede do Instituto Banese, localizado anexo ao Museu da Gente Sergipana, na Avenida Ivo do Prado, 398, Centro, Aracaju-Se. Os interessados deverão solicitar ficha de inscrição através do email inscricoes.mgs@gmail.com, preencher devidamente, e enviar junto com o currículo para o mesmo email até o dia 18 de novembro. Para mais informações entrar em contato com o Instituto Banese através do telefone (79) 3218-1551.

Antonio Gilberto é diretor, produtor e pesquisador teatral. Realizou sua formação no Curso de Artes Cênicas/Habilitação em Direção Teatral na Universidade Federal do Rio Grande do Sul e na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, onde cursou Psicologia. Iniciou profissionalmente sua carreira no Rio de Janeiro como Assistente de Direção de Domingos Oliveira na Companhia da atriz Dina Sfat. Participou como Assistente de Direção de espetáculos como “Irresistível Aventura” (espetáculo que reuniu 4 peças em um ato de Artur Azevedo, Tennessee Williams, García Lorca, e Tchekhov), “Ninguém Paga, Ninguém Paga” (de Dario Fo e Franca Rame), “Cabaret Filosófico” e “A Primeira Valsa” (textos de Domingos Oliveira), “Proibido Amar” (Neil Simon) e “O Homem Que Viu o Disco Voador” (Flávio Márcio).

Trabalhou como Diretor de Produção em montagens como “Floresta Amazônica em Sonho de Uma Noite De Verão” (adpatação do texto de Shakespeare e direção de Werner Herzog para ECO-92 na cidade do Rio de Janeiro, “Confissões das Mulheres de 30” (de Domingos Oliveira) e “Vassah” (Maxim Gorki) entre outras. Dirigiu os espetáculos: “Cabaret Valentin”( skets de karl Valentin) para a Fundação Teatro Guairá na cidade de Curitiba, “As Mais Fortes” (Texto de August Strindberg com fragmentos escritos pela atriz Irene Ravache) e “Como Se Fosse A Chuva” (três peças em um ato de Tennessee Williams). Pela direção de “Como Se Fosse A Chuva”, recebeu o Prêmio IBEU (Instituto Brasil Estados Unidos) de “Melhor Diretor de Teatro” em 1997.

Em 2003 dirigiu no Centro Cultural Banco do Brasil na cidade do Rio de Janeiro, “Credores” de August Strindberg, com Alessandra Negrini, Emílio de Mello e Marcos Winter. Em 2007 dirigiu e assinou o roteiro, em parceria com o ator José Mauro Brant, do espetáculo “Federico García Lorca – Pequeno Poema Infinito”. Em 2008 dirigiu o espetáculo “Contando Machado de Assis”, trabalho que reunia dois contos do autor (“Missa do Galo” e “Mariana”) com fragmentos do romance “Dom Casmurro” interpretados pelo ator José Mauro Brant. Em janeiro de 2009 estreou o espetáculo “Maria Stuart”, tragédia de Friedrich Schiller com tradução de Manuel Bandeira, com Julia Lemmertz, Clarice Niskier e grande elenco. Em 2014 estreou o espetáculo “Carta ao Pai” com Rodrigo Abreu que em 2015 foi apresentado no 38o FITEI (Festival Internacional Teatro de Expressão Ibérica), na cidade do Porto/Portugal.

Foi curador, coordenador e diretor de vários Ciclos de Leituras Dramáticas, bem como de Seminários e Simpósios. Como pesquisador de Teatro, realizou a curadoria de diversas exposições em homenagem a atores e diretores do teatro brasileiro.