Aracaju (SE), 20 de abril de 2025
POR: Governo de Sergipe
Fonte: Governo de Sergipe
Em: 09/11/2023
Pub.: 09 de novembro de 2023

Balé folclórico "Um quê de negritude" volta aos palcos no período alusivo à Consciência Negra

O espetáculo trará ‘Agbara-Obinrin – A força da mulher’, em alusão à historiadora, professora, escritora e ativista pelos direitos humanos sergipana Beatriz Nascimento e sua ligação com as religiões de matrizes africanas.

Balé folclórico "Um quê de negritude" volta aos palcos no período alusivo à Consciência Negra - Foto de arquivo: Seduc Sergipe

Balé folclórico "Um quê de negritude" volta aos palcos no período alusivo à Consciência Negra - Foto de arquivo: Seduc Sergipe

O tradicional balé folclórico “Um quê de negritude”, que tem base no Centro de Excelência Atheneu Sergipense e é conduzido pela professora Clélia Ferreira Ramos, após participar do Festival Austro-Brasileiro, em Viena, volta aos palcos sergipanos com o novo espetáculo ‘Agbara-Obinrin – A força da mulher’. A apresentação acontece nos dias 15 e 16 de novembro, às 19 horas, no teatro Tobias Barreto, em Aracaju. O ingresso pode ser baixado dentro do limite de vagas no site oficial do grupo de dança e teatro.

A professora Clélia Ferreira explica que, ao completar 16 anos de antirracismo, conquistas, reconhecimentos, lutas e resistência de ‘Um quê de negritude’, trazer à tona a vida e obra da sergipana Beatriz Nascimento no mês em que ela entra para o livro dos Heróis e Heroínas da Pátria e no ano em que a Lei 10.639 completa 20 anos é de um significado sem explicação para o balé.

“Traremos no espetáculo uma representação da filha de Beatriz, a Bethânia Nascimento, primeira bailarina negra a alcançar o mais alto posto de uma companhia internacional, como também iremos mostrar, por meio da dança e da cultura popular, a história de Beatriz e sua relação com ‘o Quilombo’ como processo de identidade cultural no qual o próprio reduto é espaço em que surgem grandes grupos de culturas populares”, explica.

Em Agbara-Obinrin, a diretora do espetáculo conta que também levará ao público a identificação de Beatriz Nascimento e sua relação com a religião de matrizes africanas, bem como suas referências ao negro como indivíduos sociais, o corpo negro, diáspora africana, recuperação da imagem dos escravizados e por que têm uma situação social inferior.

Clélia Ferreira reitera que o grupo de dança não trabalha com ingressos, mas uma contribuição por meio do site oficial por meio de sorteios e, como o acesso é limitado, as escolas públicas que já têm transporte e que querem levar os alunos poderão se inscrever na diretoria regional de educação, para uma sessão especial no dia 16 de novembro, das 14 às 16 horas.

Histórico de luta
Composto por alunos e ex-alunos do Centro de Excelência Atheneu Sergipense, ‘Um quê de negritude’ foi lançado em 2007 com o objetivo de difundir a cultura afro-brasileira e indígena por meio da dança, promovendo reflexões acerca da intolerância e do preconceito racial.

Atualmente, o projeto tem 16 anos de existência e um total de cem integrantes divididos entre corpo de baile, produção e teatro. Em 2022, o grupo de dança lotou o Teatro Tobias Barreto em duas sessões com o espetáculo ‘AYÒ - 15 anos registrando história na educação’, como parte das comemorações dos 15 anos do grupo. Em 2023, o balé folclórico foi convidado para representar o país na 11ª edição do Festival Cultural do Brasil, que aconteceu no Weltmuseum Wien, na capital austríaca. O convite partiu da Sociedade Austro-Brasileira de Educação e Cultura.  

O grupo já ganhou o troféu do Encontro Cultural de Santo Amaro das Brotas (SE), como também outros prêmios, e foi indicado para representar o Brasil em um encontro de Cultura Africana no Senegal. O projeto é fruto de uma ideia original da professora Clélia Ferreira Ramos e fundamentado na obrigatoriedade do ensino de História da África nas escolas brasileiras, lastreado pela lei n° 10.639/03, promulgada pelo governo federal, e pela lei n° 5.497/04 do Governo de Sergipe.

‘Um quê de negritude’ visa desenvolver, junto ao aluno da rede estadual de ensino, um mergulho na história da África, não só no campo teórico, mas também no campo prático, por meio das mais variadas interpretações da cultura africana. Ao longo dos anos, o grupo transcendeu a base pedagógica e hoje é um representante da cultura afro para toda a comunidade sergipana.

Acesse o convite.


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