Estado está no mapa da vela oceânica nacional com 2ª Regata Sergipe Bahia
Evento com mais de 120 velejadores de vários estados do Nordeste reforça a imagem do estado e impulsiona o turismo esportivo sergipano
Aracaju vai sediar a segunda edição da Regata Sergipe Bahia (Reseba), uma iniciativa do Grupo de Velejadores Oceânicos de Sergipe. A largada acontecerá na sexta-feira, 22, às 9h, na Orla da Atalaia, e segue até o Sunset de Boas-Vindas e Premiação, ambos no Aratu Iate Clube, em Salvador (BA). Nesta quinta-feira, 21, houve um encontro dos velejadores no Rio Sergipe, nas proximidades do Iate Clube de Aracaju.
A regata, que tem patrocínio máster do Governo de Sergipe, por meio da Companhia de Saneamento de Sergipe (Deso), coloca o estado no mapa da vela oceânica nacional. Com isso, reforça a imagem de Sergipe, contribuindo para impulsionar o turismo esportivo no estado. Segundo o secretário de Estado do Turismo, Marcos Franco, trata-se de mais um evento de grande porte que traz para o estado um número relevante de turistas. “A Regata Sergipe Bahia movimenta a cadeia do turismo, ampliando a ocupação hoteleira e o consumo em bares e restaurantes. Especialmente porque os desportistas vêm, em geral, acompanhados dos familiares, que aproveitam para conhecer nossa cidade, além de outros roteiros, como Cânion de Xingó, em Canindé do São Francisco”, exemplifica.
Nesta segunda edição, participam 20 embarcações – na edição anterior, foram 12. Entre elas, estão o Catamarã Odara, e o Ventania, um veleiro tipo Oceanis de 55 pés, o maior a navegar em águas sergipanas – ambos são de Salvador. Nas embarcações participantes, mais de 120 velejadores de Sergipe, Bahia, Alagoas e Pernambuco compõem as equipes. Eles cumprirão um trajeto de 150 milhas náuticas entre Aracaju e a Baía de Todos os Santos, passando pelo sul de Sergipe e pelo litoral norte da Bahia, considerado um dos trechos mais belos do litoral nordestino.
O analista de sistemas Frederico Silva, que faz parte do Grupo de Velejadores Oceânicos de Sergipe e um dos organizadores do evento, ressalta que a Reseba é um resgate da vela sergipana. Segundo ele, o esporte que abraçou desde 2018, infelizmente, estava em declínio, mas, há cerca de três anos, vem ganhando força no estado. “Esse evento se insere em um circuito de regatas oceânicas do Nordeste. Agora, Sergipe é um ponto de parada dos veleiros oceânicos nordestinos, atraindo mais pessoas para o estado. Por isso, a contribuição do governo estadual para a realização da regata é muito importante, pois vai viabilizar o crescimento da vela em Sergipe, um esporte que atrai muitos turistas de alto poder aquisitivo [que vão movimentar toda a cadeia turística]”, considera.
Vale destacar que a paixão pela vela envolve toda a família de Frederico. A esposa dele, a advogada Isabelle Duarte, também veleja e vai participar da segunda edição da regata com a filha Luíza, de 10 anos, que já está tendo aulas de vela. Ela comenta sobre a importância da regata para desmitificar a ideia equivocada de que a entrada em Sergipe é perigosa. “Veleiros enormes estão entrando, com quilhas grandes, e ninguém encalhou. Deu tudo certo. Além disso, foi uma forma, também, de fazer os velejadores que estão retornando da famosa regata Recife-Fernando de Noronha aproveitarem o caminho para poderem participar também da Regata Sergipe Bahia”, declara Isabelle.
Sobre a Regata
A Regata Sergipe Bahia já surgiu como a terceira maior competição de navegação costeira/oceânica do país, atrás apenas da Refeno (Recife-Noronha) e da Santos-Rio. Destaque que a edição deste ano homenageia o velejador baiano Nelito Taboada, capitão do veleiro Odara, uma verdadeira referência na vela nacional. A regata teve agenda de eventos iniciada no último domingo, 17, com a cerimônia de abertura em Aracaju.