Atenção, varejo: 2026 marca virada de chave na disputa pela mente do consumidor, aponta Richard Harary
São Paulo, Dezembro de 2025 - O varejo brasileiro deve passar por uma das mudanças mais aceleradas da última década. Segundo o especialista em comportamento do consumo e transformação digital Richard Harary, 2026 será o ano em que três movimentos vão redefinir a forma como marcas se conectam, vendem e retêm clientes: a economia da atenção, o delivery como experiência central e o comércio social como padrão dominante.
Harary afirma que o ponto crítico é que o consumidor mudou e agora exige conexões rápidas, emocionais e relevantes. “A economia da atenção redefine o varejo porque o consumidor só se envolve com marcas que entregam conteúdo rápido, relevante e emocionalmente conectado. Quem não capturar atenção de forma inteligente simplesmente deixa de existir para o consumidor”, afirma.
Economia da atenção: o novo campo de batalha das marcas
Para o especialista, não basta presença digital ou catálogo de produtos. Em 2026, marcas sólidas serão aquelas que entregarem experiência, personalização e autenticidade em tempo real. “O cliente não quer só comprar. Ele quer se sentir visto. Quer proximidade. Quer significado”, explica Harary.
Ele destaca que marcas que não entenderem esse movimento perderão relevância ,mesmo que tenham bom produto ou preço competitivo.
Delivery deixa de ser serviço e vira pilar da experiência de marca
O delivery passa por uma transformação silenciosa e profunda. O consumidor já incorporou o hábito e agora exige mais velocidade, mais precisão e mais integração com o digital.
“Estamos entrando na era das entregas ultrarrápidas, hubs híbridos loja centro de distribuição, logística guiada por IA e experiências personalizadas. Lockers inteligentes, rotas automatizadas e veículos autônomos devem crescer. A entrega deixa de ser um acessório e vira parte central da relação da marca com o cliente”, afirma Harary.
Comércio social deixa de ser tendência e vira regra
Para Richard Harary, 2026 marca a consolidação definitiva do social commerce como principal motor de vendas de milhares de negócios.
“O comércio social se torna padrão porque vende quem influencia, conecta e cria comunidade. Marcas que se destacam criam conteúdo nativo, engajam em tempo real e transformam seguidores em parte ativa da marca. Quem só posta produtos, sem narrativa ou relacionamento, está ficando para trás”, explica.
O especialista reforça que a prova social , depoimentos reais, bastidores, experiências de clientes e presença humana passa a ter peso maior que qualquer anúncio tradicional.
2026: o ano da disputa pela relevância
Segundo Harary, o varejo vive uma virada estrutural. O consumidor não decide mais apenas pelo produto, mas pela emoção, pela experiência e pelo vínculo que a marca é capaz de gerar. “Não estamos competindo por preço. Estamos competindo por atenção e por significado. Quem entender isso agora colhe resultados nos próximos anos”, conclui.
Sobre Richard Harary
Richard Harary é CEO da MacroBaby, a maior loja física de enxoval dos Estados Unidos, referência internacional em varejo, atendimento ao cliente e experiência de compra.
Empreendedor há mais de 20 anos, Harary também lidera outras empresas americanas de sucesso nos setores de varejo, e-commerce e serviços.
Especialista em comportamento do consumidor, varejo e construção de marcas, ele atua na interseção entre psicologia, marketing e estratégia. Palestrante e consultor, é reconhecido por antecipar tendências e traduzir mudanças do mercado em estratégias práticas para negócios de diferentes portes.