Aracaju (SE), 05 de fevereiro de 2025
POR: FPI/SE
Fonte: FPI/SE | Transcrita do MPF/SE
Em: 03/10/2017 às 11:19
Pub.: 03 de outubro de 2017

Japaratuba: FPI/Sergipe descobre sítio arqueológico, caverna e fósseis

Vestígios são de invertebrados marinhos conhecidos como amonoides.

Região é propícia para esse tipo de fóssil (Foto: FPI/SE)

Região é propícia para esse tipo de fóssil (Foto: FPI/SE)

A equipe Espeleologia, Arqueologia e Paleontologia da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do São Francisco descobriu no município sergipano de Japaratuba, distante 54 quilômetros de Aracaju, uma caverna até então desconhecida e não registrada na base de dados nacionais. “Constatamos, infelizmente, que a cavidade estava sendo usada como depósito de lixo, prática que impacta todo sistema cavernícola, já que a caverna tem uma relação muito íntima com o ambiente externo”, explicou o coordenador da equipe e espeleólogo, Elias Silva.

O  proprietário do terreno foi orientado sobre o descarte irregular de lixo doméstico. Além disso, a equipe encaminhou o registro da cavidade para o Cadastro Nacional de Cavernas, para que ela passe a existir oficialmente, reforçou o coordenador.

Durante as atividades realizadas pela Fiscalização Preventiva Integrada, a equipe de paleontólogos encontrou próximo à caverna, fósseis de invertebrados marinhos conhecidos como amonoides. “A região é propícia para esse tipo de fóssil. Porém, em localidade perto a uma cavidade é algo novo”, destaca Elias Silva.

Ainda no município, foi feito o registro inédito de um novo sítio arqueológico. “Um afloramento rochoso, com rocha arenítica. Por trás desse afloramento, identificamos uma rocha mais ao nível do solo, que era utilizada como local de desbaste de ferramentas de pedra”, informa o coordenador da equipe Espeleologia, Arqueologia e Paleontologia.

Educação Ambiental
Com o intuito de orientar as pessoas sobre a importância das cavernas para o meio ambiente, a FPI vem realizando um trabalho de sensibilização e educação ambiental nas comunidades e nas escolas. “A gente está levando informação para essas comunidades. A relevância das cavidades para o ecossistema e para as próprias pessoas que moram no entorno. Porque muitas vezes as pessoas não descartam lixo por maldade, mas sim por desconhecimento dessa importância. Até a última sexta-feira (30/09), tínhamos visitado cinco municípios”, esclarece Elias Silva.

Mito
E a equipe Espeleologia, Arqueologia e Paleontologia da FPI do São Francisco desmistifica a informação de que há caverna abaixo do hotel Velho Chico. “Não há caverna em Propriá”. A equipe investigou relatos históricos datados do final do século XIX e década de 20, nos quais um geólogo e um historiador citam a existência de cavidade natural em um local chamado de 'Morro do Chaves', onde localiza-se o hotel Velho Chico, na cidade de Propriá, em Sergipe.

“Na verdade, após prospecção na localidade, constatamos a presença de afloramento rochoso (blocos de rocha calcária e arenítica). Contudo não foi encontrado nenhuma caverna. O que existe é uma cavidade que é parte da estrutura do hotel, tipo um sótão”, desmistifica o coordenador o coordenador da equipe.


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