Pesquisa analisa implicações da pobreza menstrual como violação dos direitos humanos de meninas brasileiras
A pesquisa dirigida mapeia leis e projetos de lei para implementação e regulamentação no Brasil.

Pesquisa analisa implicações da pobreza menstrual como violação dos direitos humanos de meninas brasileiras - Foto: Asscom Unit
Para muitas meninas brasileiras a higiene menstrual é uma realidade inacessível. Entre tantas consequências da situação de pobreza ou extrema pobreza em que se encontram mais de 65 milhões de brasileiros, a pobreza menstrual é uma das mais preocupantes. A falta de acesso a insumos básicos de higiene e o desconhecimento sobre a menstruação é um desrespeito ao direito à saúde e à educação, e, ainda, ao princípio fundamental da dignidade da pessoa humana.
Sob a orientação da professora Grasielle Vieira, a aluna do 10º período do curso de Direito da Universidade Tiradentes, Karoline Melo Ribeiro, desenvolve o projeto de Iniciação Científica intitulado ‘pobreza menstrual e o ODS nº 5: violações dos direitos humanos das meninas no Brasil’, vinculado ao grupo de pesquisa ‘gênero, família e violência’. Juntamente com o estudante João Gabriel Teixeira Azevedo, ela analisa as implicações da pobreza menstrual.
“O projeto trata sobre o estudo da pobreza menstrual, que, infelizmente, é a realidade de muitas pessoas que menstruam e não possuem acesso a insumos básicos de higiene menstrual, como também, desconhecem o próprio processo da menstruação, bem como analisa as violações dos direitos humanos das meninas em idade reprodutiva, a partir do mapeamento de leis e projetos de lei no âmbito federal e estadual, verificando a aplicação da legislação quanto a sua implementação e regulamentação nos respectivos estados”, explica Karoline.
“A imersão nesse projeto de Iniciação Científica pôde transformar minha visão, proporcionando uma maior humanização e sensibilidade com a realidade de pessoas que vivem em situação de pobreza. Além disso, pude compreender melhor acerca da pobreza menstrual que, por muito tempo, fora invisível aos olhos da sociedade”, afirma.
Iniciação Científica
Desde 2019, Karoline participa de projetos de Iniciação Científica, estando no seu terceiro. “Durante todo esse tempo tive acesso ao estudo de temas de extrema relevância, como gravidez precoce, violência sexual, justiça restaurativa, violência doméstica e a pobreza menstrual. Portanto, considero uma experiência enriquecedora, que proporciona reflexões aprofundadas e que, com certeza, contribuirá para o meu futuro profissional”, conta a estudante.
“Desde os períodos iniciais do curso eu já possuía interesse pela pesquisa. No segundo período, tive a oportunidade de participar do grupo de pesquisa ‘Gênero, Família e Violência’, o qual permaneço como integrante, cursando o último semestre da graduação. Foi através do grupo que eu pude conhecer a Iniciação Científica”, relembra.
Incentivo
Para a estudante, a Unit foi importante em sua trajetória durante a graduação e no conhecimento sobre a Iniciação Científica. “A Universidade Tiradentes foi essencial para a minha trajetória acadêmica, proporcionando toda a estrutura e apoio para a realização dos projetos de Iniciação Científica e organização do grupo de pesquisa, além de possuir em sua equipe profissionais extremamente qualificados e competentes, dispostos a ensinar com excelência”, salienta a futura bacharel em Direito.