Blockchain na educação a distância: o futuro do aprendizado
Entenda como uma ferramenta do mercado financeiro será aproveitada no ambiente de ensino.
Quando se ouve falar em blockchain, a primeira coisa que vem à cabeça de muitos são as criptomoedas, os famosos bitcoins que é uma moeda digital descentralizada e que não necessita de terceiros para funcionar. Esta é uma boa forma para conseguir entender o conceito do que ele é, porém o Blockchain não se resume a isso. Na prática, ele atua como um banco criptografado de forma descentralizada, onde computadores em redes guardam blocos de transações.

Flávia Caroline dos Santos, administradora do portal do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) - Foto: Asscom Unit
“Para que fique mais claro, o blockchain funciona como uma costura, você não consegue puxar blocos do meio da cadeia, sem afetar os demais blocos. Assim como numa costura, se puxar o fio de um tecido, toda costura em sequência é afetada. Vale reforçar que os computadores em rede contém cópias de todos os blocos, ou seja, as informações de registros estão distribuídas em vários servidores e para alterar ou excluir uma informação é necessário alterar em todos os servidores. Se um servidor for destruído ou hackeado, as informações estarão registradas em outros locais”, diz.
Blockchain na educação
A modalidade de Educação a Distância (EAD) da Unit, em especial o setor de gestão de conteúdo, vem a cada dia buscando inovação em diversas áreas que farão parte do futuro da educação, como análise comportamental de alunos e professores por meio de dashboards, realidade aumentada e acessibilidade.
Há algum tempo atrás era utilizada a web 1.0 onde só quem tinha domínio de códigos conseguia postar na internet, tudo era muito estático e não tinha interatividade. Hoje, o mundo vive a web 2.0 que consiste em uma maior interação dos leitores com o conteúdo, onde eles deixam de ser somente passivos em relação ao que foi publicado. Já a web 3.0 permite a descentralização das informações, fazendo com que a própria rede autentique essas informações, como dito no conceito de blockchain.
“Algumas empresas já estão construindo projetos voltados para o metaverso (que está incluso no conceito da web 3.0), como Facebook, Microsoft, faculdades de Medicina, empresas imobiliárias. Nele é possível participar de reuniões, interagir com hologramas, e até mesmo fechar negócios nesta tecnologia altamente imersiva. E são nessas situações que entram o blockchain, para validar as informações, tornar contratos, transações de um modo geral confiável”, ressalta Flávia.
A administradora do portal AVA da Unit EAD ainda conta que chegará um momento em que será possível entrar em um supermercado de forma virtual fazer as compras, além de conhecer a universidade e fazer a matrícula por meio do metaverso, também será possível comprar um imóvel que que foi visitado por meio da tecnologia. E mais uma vez, será na validação da compra que o blockchain irá atuar.
“Para alguns, parece algo que nunca será possível, mas é importante considerar que, as novas gerações que já nascem utilizando diversas tecnologias têm outra percepção de mundo, e claro, devemos pensar num futuro para todos, jamais esquecendo da acessibilidade porém de forma especial para as próximas gerações, pois são para eles que devemos construir o futuro”, destaca Flávia Caroline dos Santos.