Startup sergipana integra 27ª Conferência do Clima da ONU
A startup sergipana Aqualuffa promove sustentabilidade e consumo consciente.
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Na ocasião, um dos sócios e CEO da empresa, Dr. Denisson Santos, representou a startup e apresentou o painel intitulado de ‘Pesquisa e desenvolvimento no setor energético', junto com a Empresa de Engenharia de Petróleo (Engepet). “Foram mais de 40 mil participantes de quase 200 países, o que fez da COP 27 a maior em público da história, superando Glasgow e Paris. E entre os 570 membros da delegação brasileira, a segunda maior, tive a honra e responsabilidade de estar”, diz.
“Pudemos ver as soluções e demandas de quase todos os países do planeta, entender a nossa posição como pesquisadores-empresários nesse cenário. O resultado da conferência não foi ideal, mas saímos com a criação do fundo de perdas e danos, tão longamente discutido. Foi uma experiência única”, diz Denisson que é graduado em Petróleo e Gás, e doutor em Engenharia de Processos, ambos pela Unit, além de pesquisador no Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP).
Ele também trabalha em um projeto relacionado ao petróleo financiado pela Galp, um grupo de empresas portuguesas do setor de energia. “Toda a evolução da sociedade ao longo dos anos se deu graças à construção e compartilhamento de conhecimento inovador, colocado a serviço da sociedade. Esse é o único caminho conhecido para que um país se solidifique socioeconomicamente”, afirma.
Sobre a Aqualuffa
A Aqualuffa é uma empresa emergente que iniciou suas atividades por meio do Programa Centelha, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec/SE), dentro do Programa Nacional de Apoio à Geração de Empreendimentos Inovadores em 2019. Foi selecionada entre 23 projetos.
Foi fundada por mais duas sócias, a professora doutora Silvia Maria Egues Dariva e a doutora Mychelli Andrade Santos, e mais dois membros: Igor Bruno e Fábio Henrique. “Há muito tempo que eu queria usar uma esponja vegetal como suporte para catalisador. Na dissertação da Mychelli, sob a minha orientação, o tema principal foi o desenvolvimento deste material. Descobrimos que algumas amostras preparadas tinham a propriedade de absorver óleo e rejeitar a água. No doutorado, Mychelli decidiu se dedicar ainda mais ao tema e durante o doutoramento foi criada a startup”, conta Silvia.
“A proposta da Aqualuffa é descontaminar águas oleosas utilizando novos materiais sustentáveis alinhados com os ODSs [Objetivos de Desenvolvimento Sustentável] da ONU. O produto desenvolvido reúne duas funcionalidades: a descontaminação da água através da sorção do óleo e a degradação dos contaminantes oleosos por oxidação fotocatalítica. Tanto empresas produtoras e transportadoras de petróleo, quanto indústrias de materiais metálicos são potenciais clientes”, explica a doutora Mychelli Andrade Santos.
Para ela, a startup é um exemplo que se aplica à união do empreendedorismo e a educação. “A AquaLuffa é uma tecnologia desenvolvida na academia nos centros universitários que se tornou um negócio que poderá gerar impacto para nova economia. A educação potencializa os novos negócios, pois o conhecimento é a base sólida para que você veja os diferentes cenários e possa criar inovação. Infelizmente o Brasil é um dos países que têm um baixo índice de educação empreendedora”, lamenta.