LIBERDADE :: Por Fátima Almeida
Fátima Almeida airam22_fafa@hotmail.com
LIBERDADE :: Por Ftima Almeida (Imagem: By/fafah)
Dia 12 de novembro – Dia da Liberdade no Brasil, segundo informações da Wikipédia. Por que? Não se encontra respostas disponíveis, mas alguma razão haverá de existir.
Muito se tem falado sobre o tema. Tornou-se uma palavra de ordem na vida das pessoas, mas poucos conhecem o seu verdadeiro significado e alguns ainda cometem o terrível equívoco de considerá-la sinônimo de libertinagem.
Na etimologia grega, liberdade (eleuthéria), tratava-se apenas de uma possibilidade do corpo, movimento. Nada ligado a consciência ou espírito.
A palavra alemã Freiheit dava à liberdade o significado de ausência de limitações e a palavra originou-se do vocábulo Freihals (pescoço livre), livre dos grilhões que prendiam escravos.
Na Antiguidade, a liberdade era uma qualidade do cidadão e sua expressão era sobretudo política.
Em livros e dicionários inúmeros significados são atribuídos à palavra. Do latim, “libertas”, liberdade é:
Condição do homem que pode dispor de si ou do que não é propriedade de outrem; Faculdade de praticar tudo aquilo que não é proibido por lei; Conjunto de direitos garantidos ao cidadão pela lei fundamental do Estado; Direito de agir segundo o seu livre arbítrio, desde que não prejudique outrem; Nível de independência absoluto e legal de um indivíduo, de um povo ou nação; Estado de pessoa livre e isenta de restrição externa ou coação física ou moral, etc.
A filosofia classifica a liberdade como a independência, a autonomia do ser humano e a considera um conceito utópico, uma vez que é questionável. Será que os indivíduos têm realmente a liberdade que dizem ter? Grandes filósofos a consideram como aptidão particular do indivíduo de escolher, expressando os distintos aspectos da sua essência ou de sua natureza.
"Para que eu seja livre, não é necessário que eu seja indiferente na escolha de um ou outro dos dois contrários; mas, antes, quanto mais eu tender para um, seja porque eu conheça evidentemente que o bem e o verdadeiro aí se encontram, seja porque Deus disponha assim o interior do meu pensamento, tanto mais livremente o escolherei e o abraçarei."(Descartes)
Segundo René Descartes, age com mais liberdade quem melhor compreende as alternativas que precedem a escolha, o que deixa bem claro que quanto maior o conhecimento, mais livre é o indivíduo. Em se tratando de uma comunidade então, os benefícios se multiplicarão à proporção que a compreensão dessas alternativas seja estimulada.
Para Baruch Espinoza, ser livre significa agir de acordo com sua natureza, mas associa a ideia de liberdade à noção de responsabilidade.
Já para Jean Paul Sartre, a liberdade é a condição ontológica do ser humano. O homem é antes de tudo livre, para definir-se, engajar-se, encerrar-se, esgotar a si mesmo. Também defende que se a liberdade não é absoluta ela não existe.
Na Bíblia, o apóstolo Paulo afirma em 1 Coríntios 6:12 que “Tudo me é permitido, mas nem tudo convém. Tudo me é permitido, mas eu não me deixarei dominar por coisa alguma.” Em outras palavras nos diz, que somos capazes de fazer muitas coisas, mas nem tudo deve ser feito, porque nem tudo é bom e para cada ação existe sempre uma reação, uma consequência.
Será que quando alguém grita: “eu sou livre, posso fazer o que quiser e ninguém tem nada com isso!” tem consciência de que não é bem assim que a liberdade funciona?
Quando você decide que é livre e usa essa prerrogativa para ultrapassar limites, praticar atos que coloquem em risco a integridade física, emocional ou psicológica de outras pessoas, para transgredir, desprezar regras, entre outras irresponsabilidades, você pode ser tudo, menos livre, porque a liberdade observa o bom senso, o respeito. Essas características são condizentes com a libertinagem, que escraviza e mutila o ser humano. O libertino é rebelde, egocêntrico, embrutecido, escravo dos desejos desenhados pela própria mente e a libertinagem demonstra falta de dignidade e de bom caráter, enquanto que a liberdade torna o indivíduo capaz de manter uma convivência saudável com a sociedade.
Pense nisso, procure conhecer as alternativas de escolha que a vida lhe oferece, nunca esquecendo que a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória.
Fonte de referência: Sites relacionados com o tema.
Fátima Almeida airam22_fafa@hotmail.com 07/11/2015
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