Aracaju (SE), 28 de novembro de 2024
POR: Sueli Bessa Guerra da Silva
Fonte: Sueli Bessa Guerra da Silva
Em: 29/04/1995
Pub.: 01 de maio de 2015

Tributo a AYRTON SENNA :: Por Sueli Bessa, Narração de Dermeval Gomes

Tributo a AYRTON SENNA (Imagem: divulgação)

Tributo a AYRTON SENNA (Imagem: divulgação)

TRIBUTO A AYRTON SENNA

Autor: Sueli Bessa Guerra da Silva (Rio de Janeiro - RJ)

Narração: Dermeval Gomes (Aracaju-SE)

Aracaju, 29 de Abril de 1995

 

 

 

Foi numa manhã de Domingo.

Numa linda manhã de sol,

o primeiro Domingo de Maio

e o primeiro dia do mês,

do ano de 1994.

 

O dia era promissor, nossos

corações estavam em festa

e a expectativa era grande.

O mundo ligado em você.

 

Era o dia do trabalhador

e você estava lá,... trabalhando...

batalhando por mais uma vitória.

 

Aquele dia, era um dia especial,

principalmente para você que

iniciava uma outra luta, a dos

bastidores numa tentativa de

melhores condições de trabalho,

como todo trabalhador.

 

Não seria fácil conseguir dobrar os

senhores todos poderosos da Fórmula 1,

mas você teria conseguido, com certeza.

 

E agora?

Ninguém conseguiu entender. Ficou difícil

para nós. Você se foi, deixando milhões de

corações despedaçados, sem ao menos pedir

licença, nem sequer se despediu.

 

Isso era próprio de você.

Foi assim quando começou.

Foi entrando em nossos lares

sorrateiramente, sem ao menos

pedir licença, e foi ficando...

ficando e tornou-se íntimo

no seio de nossas famílias.

 

Ora de manhã, quando não

à tarde e as vezes de madrugada.

E lá estávamos nós a sua espera.

A  ansiedade estampada em cada

rosto, no furor de nossas mentes

transformados numa grande corrente

de pensamento pedindo a DEUS que

ajudasse você chegar até o fim.

O fim de qualquer corrida e em

primeiro lugar.

                

Era belo ver a nossa pequena bandeira,

a Bandeira Brasileira, tremular em suas mãos

após cada vitória.

 

Nessa hora, ela se tornava tão imensa

que parecia cobrir o mundo.

 

  Agora, os domingos perderam a graça,

acabou aquela sensação gostosa de prazer,

ao vê-lo refletido nos tubos de imagem

dos nossos aparelhos de TV.

 

Não veremos mais, aquele sorriso meigo,

meio de lado, o seu olhar doce e calmo

mesmo nas horas de tensão.

 

  O que ficou gravado  em nossas mentes

para todo o sempre, foi aquele  seu último

olhar pensativo... vago,

parecendo preocupado, como se fosse

de uma despedida.

 

Naquela hora, nenhum de nós entendeu.

É que chegava a hora da tua partida.

 

Quem era você afinal?

Um ás, um Deus, um herói?

Sei lá, que importa!

Para nós voce será sempre o nosso “AYRTON”,

embora não visitando mais os nossos lares,

continuará para sempre em nossos corações.

 

Valeu, Ayrton.

 

 


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