Câncer de mama em felinas: castração é principal forma de prevenir a doença

Em todo o mundo, o mês de outubro é dedicado à realização de campanhas de prevenção ao câncer de mama. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, são estimados cerca de 74 mil casos novos casos até 2025 e, com exceção do câncer de pele não melanoma, esse é o tipo de câncer mais incidente em todo o país. O que muitas pessoas não sabem é que o câncer de mama também é bastante incidente nas felinas.

Segundo a veterinária Candice Garcia, especialista em medicina felina e diretora da clínica Toca dos Gatos - única em Sergipe exclusiva para felinos em Sergipe, a incidência de câncer de mama em gatas é grande, principalmente, pela aplicação de anticoncepcionais e pela não realização da castração, principal forma de prevenir a doença.

“Ainda há a cultura de aplicar anticoncepcional para não castrar porque é mais barato, mas esse é o motivo principal de câncer de mama. Se a fêmea for castrada antes do primeiro cio, as chances de evitar o aparecimento da doença chegam a 95%. Mas conforme a idade vai aumentando, a porcentagem vai diminuindo. Quanto mais cedo for feita a castração, maior é a chance de não adquirir o câncer”, destacou.

Ainda de acordo com a especialista, gatas não castradas apresentam sete vezes mais riscos de sofrer com tumores e câncer mamários se comparadas àquelas que foram castradas antes do seu primeiro cio, que costuma acontecer entre os cinco e nove meses de vida. “O percentual de mortalidade dos animais para a doença é altíssimo e chega a 90% dos casos. Isso ocorre porque normalmente os tumores de mama são malignos e provocam metástase, principalmente, no pulmão e no fígado”, alertou a especialista em felinos.

Sintomas e tratamento
A diretora clínica da Toca dos Gatos explica que o principal sintoma do câncer mamário nas gatas é o aparecimento de nódulos, os famosos carocinhos na região das mamas, que podem ser lisos, nódulos rugosos ou de outros tipos.

“A identificação ocorre através do toque na mama, exatamente como as mulheres. O próprio tutor pode fazer esse reconhecimento, através do apalpamento das mamas das gatas, verificando se tem algum nódulo, bolinha, mancha vermelha ou ferida. E caso identifique alguma coisa nesse sentido, o ideal é levar imediatamente para o veterinário, já para fazer uma citologia, uma biópsia, para identificar se é câncer ou não”, orientou Candice Garcia.

Em relação ao tratamento, a especialista em felinos explica que a definição após a retirada da cadeia mamária para biópsia e, a depender do resultado, o animal é submetido a quimioterapia ou não. “Nós retiramos os gânglios linfáticos com os linfonodos e enviamos essa peça toda para biópsia. Dependendo do resultado, encaminhamos ao oncologista para ver se há necessidade de fazer uma quimioterapia ou não”, reforçou.

A médica destaca ainda a importância da consulta preventiva e a ida regular ao consultório veterinário para a prevenção da doença. “É essencial levar a filhote para consulta preventiva e fazer a castração o mais precoce possível. Além disso, também é preciso o exame de toque nas mamas das gatinhas e observar se há alteração”, finalizou Candice Garcia.

Sobre a Toca dos Gatos
Única clínica exclusiva para felinos em Sergipe, a Clínica Toca dos Gatos – fundada e capitaneada pela veterinária Candice Garcia – está localizada na Avenida Acrísio Cruz, n° 90, bairro Salgado Filho, em Aracaju. O horário de funcionamento é diferenciado: de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, e aos sábados, domingos e feriados, das 8h às 20h.

Além das consultas de rotina e de emergência, a clínica também oferta o serviço de internamento e possui laboratório próprio, sendo referência na medicina felina no estado. Informações estão disponíveis por meio dos telefones (79) 3211-2988 e (79) 98856 2863 (WhatsApp).