Aracaju (SE), 03 de dezembro de 2025
POR: Gabriela Ruddy
Fonte: Agência Eixos
Em: 03/12/2025 às 07:00
Pub.: 03 de dezembro de 2025

Depois de operações no setor de combustíveis, combate ao crime entra nas conversas entre Lula e Trump

Tema continua a reverberar também em Brasília, com expectativa de avanço do projeto de lei contra o devedor contumaz

Lula e Trump - Foto (Arquivo): Ricardo Stuckert/PR

O presidente Lula (PT) conversou com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na terça (2/12) a respeito da colaboração entre os dois países no combate ao crime organizado internacional, em meio aos avanços nesse tema no mercado de combustíveis brasileiro. 

  • Segundo nota do Planalto, Lula mencionou as recentes operações realizadas no Brasil pelo governo federal contra o crime organizado. Trump mostrou disposição em trabalhar junto com o governo brasileiro nesse assunto. 
  • Além disso, também falaram sobre as tarifas remanescentes dos EUA contra produtos brasileiros. 
  • Os dois presidentes concordaram em voltar a conversar “em breve”

 Nos últimos meses, uma série de operações dos governos federal e estaduais mirou os crimes no mercado de combustíveis, como a Carbono Oculto e a Cadeia de Carbono

  • A primeira, em agosto, é considerada a maior ofensiva do país até hoje contra a infiltração do crime organizado na economia formal, com atuação na importação, adulteração de produtos, sonegação de impostos e ligações com o mercado financeiro.
  • Na semana passada, uma ação do governo de São Paulo, Ministério Público de São Paulo (MPSP) e Receita Federal contra fraude fiscal estruturada e lavagem de dinheiro teve como alvo o Grupo Refit

O tema vem reverberando também na agenda do Congresso Nacional, com a expectativa de avanço na Câmara dos Deputados do projeto de lei que combate o devedor contumaz.

  • O assunto movimentou os bastidores da política e da economia em Brasília na terça (2/12). 
  • O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT)recebeu o relator do projeto na Câmara, o deputado Antônio Carlos Rodrigues (PL/SP), segundo apuração do eixos pro, serviço de assinatura da agência eixos. 
  • Haddad defende a preservação do texto aprovado no Senado em setembro, logo após a Carbono Oculto. 
  • Caso o projeto seja aprovado, a Receita Federal estima uma elevação na arrecadação do governo de R$ 14 bilhões por ano

Lucro do petróleo para transição. A Petrobras tem que utilizar parte do lucro para financiar a transição energética, defendeu o presidente Lula na terça-feira (2/12), durante a cerimônia de aumento da capacidade de processamento da Rnest, em Pernambuco.

  • “A Petrobras, embora seja uma empresa de petróleo, é mais do que isso. Ela é uma empresa de energia e ela tem que utilizar parte do dinheiro que ela ganha para fazer a transição energética”, disse o presidente.
  • Durante a agenda em Pernambuco, Lula também disse que o Brasil pode voltar a ser exportador de diesel e gasolina

Leilão de Bacalhau. A PPSA adiou para o início de 2026 o leilão spot para a venda de petróleo do campo de Bacalhau. O certame estava inicialmente marcado para 10 de dezembro e será a primeira venda do petróleo da União nessa área.

Recorde de produção. A produção de petróleo da Petrobras subiu 26,4% em outubro contra o mesmo mês do ano passado e 2,4% contra setembro deste ano. Ao todo, a extração da estatal atingiu 3,269 milhões de barris de óleo equivalente por dia em outubro, 62% da produção total do país. 

Preço do barril. O petróleo caiu na terça (2), com os desdobramentos de um possível acordo de cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia, diante do encontro do líder russo, Vladimir Putin, com uma delegação norte-americana em Moscou.

  • O Brent para fevereiro recuou 1,14% (US$ 0,72), a US$ 62,45 o barril

Anulação de licença. O Ministério Público Federal protocolou duas ações civis públicas pedindo a anulação da licença ambiental concedida à Petrobras, em setembro deste ano, que autoriza a ampliação das atividades de exploração de óleo e gás na Bacia de Santos, na Etapa 4 do pré-sal. (Agência Brasil)

  • Na avaliação do MPF, a autorização foi concedida a partir de um processo administrativo sem transparência e conduzido às pressas pelo Ibama

Licenciamento especial. A Câmara dos Deputados aprovou o texto-base da Medida Provisória 1308/25, que cria a licença ambiental especial (LAE) para empreendimentos considerados estratégicos pelo governo federal. 

  • O texto foi discutido em Plenário depois da aprovação do relatório do deputado Zé Vitor (PL/MG), preservando o texto do governo

Crise nas renováveis. O Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel) acredita que a obrigatoriedade de baterias em projeto de geração distribuída vai transferir para o consumidor final a responsabilidade por problemas estruturais do setor elétrico.

  • A entidade contesta as declarações da Abeeólica sobre as causas dos cortes de geração no sistema elétrico e o papel da geração distribuída.

Baixa tensão em 2027. A Aneel aprovou a agenda regulatória para o biênio 2026-2027, com a previsão de aprimoramentos regulatórios relacionados à abertura do mercado de energia para a baixa tensão em 2027. A previsão é para o chamado “Grupo B”, como residências, pequenos comércios e serviços.

Opinião: A Política Nacional de Recursos Hídricos passa a prever de forma explícita a integração entre a gestão hídrica, ambiental e eletroenergética, além de reforçar a promoção do uso múltiplo das águas com prioridade para a segurança hídrica e energética, escreve Marisete Pereiraa presidente da Abrage. 

Hidrogênio vs. data centerA BP desistiu dos planos para um centro de hidrogênio no norte da Inglaterra, abrindo caminho para um projeto concorrente de construção de um data center em uma antiga siderúrgica. (Dow Jones/Valor Econômico). 

Minerais críticos no Açu. O Porto do Açu está de olho na movimentação de minerais críticos com o aumento da demanda para a transição energética. Segundo o CEO Eugenio Figueiredo, há conversas em curso com empresas, associações e governos de regiões produtoras de minerais que estão na área de influência do porto.

  • Importante terminal de movimentação também de petróleo e grãos, o porto também está mirando a aproximação com novos mercados para 2026. Segundo executivos, as tensões geopolíticas têm impactos nas operações

Janela curta para o CCS. A SLB vê no Brasil um dos maiores potenciais globais para captura e armazenamento de carbono, especialmente quando associado à bioenergia. Mas esse potencial, na avaliação da diretora de negócios Janaina Ruas, está condicionado a uma janela curta e estratégica.
 
Emissões no transporte. Evoluções tecnológicas, políticas ambientais e expansão da frota estão alterando o perfil das emissões veiculares no Brasil, que passam a ter menos material particulado e mais carbono. Veja os detalhes na newsletter diálogos da transição

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