Ministério da Saúde entrega 146 ambulâncias para os Jogos Rio 2016
Unidades vão reforçar a assistência durante o megaevento. Investimentos do governo federal nos veículos somam R$ 73 milhões.
Ministrio da Sade entrega 146 ambulncias para os Jogos Rio 2016 (Foto: Leonardo Dalla/brasil2016.gov.br)
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, entregou nesta quinta-feira (28.7) 146 ambulâncias à cidade do Rio de Janeiro. As unidades irão apoiar a assistência à saúde durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Depois do megaevento, os veículos serão distribuídos entre o estado do Rio de Janeiro e outras cidades do país para renovação da frota do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192).
Com investimento federal de R$ 73,2 milhões para compra, aparelhamento e custeio dos novos veículos, Barros garantiu que o legado será não somente para a capital fluminense, mas para todo o país. “Vamos manter algumas ambulâncias no estado do Rio e outras farão parte do programa de substituição de frota do SAMU por todo o Brasil”, disse o ministro, estimando que 30 ambulâncias fiquem no estado que sedia os Jogos após o término das competições.
As unidades entregues foram equipadas com oxímetro de pulso, ventilador artificial eletrônico, cardioversor de transporte adulto e pediátrico, entre outros equipamentos, e serão utilizadas para atender às principais demandas de saúde nos locais de Jogos. Para compor o serviço, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro contratou 1,5 mil profissionais entre condutores e equipes (médicos e enfermeiros). “As ambulâncias estarão disponíveis nos locais de competições para dar suporte aos atletas e aos turistas. São cerca de 1,5 mil colaboradores em três turnos, de modo a estarem sempre presentes para acolher qualquer pessoa, com equipamentos dos mais modernos, para que seja prestado o melhor atendimento em caso de necessidade”, destacou Barros.
O Comitê Organizador Rio 2016 prestará serviços médicos dentro do perímetro de segurança e oferecerá atendimento externo particular a atletas e delegações, também utilizando os novos veículos. “Para o Comitê Internacional, um dos pontos mais importantes é a segurança dos atletas. Estamos muito agradecidos pela alta qualidade das ambulâncias e a excelência da equipe de atendimento. A entrega dos veículos vai deixar um incrível legado para a população brasileira”, ressaltou o diretor médico do Comitê Olímpico Internacional (COI), Richard Budgett.
Os demais espectadores que precisem de remoção dos locais de competição serão atendidos no SUS, na rede de assistência organizada pelo município. As remoções são feitas por meio da central de regulação do município e do estado, que utilizará as ambulâncias cedidas pelo Ministério da Saúde. Além das equipes contratadas pelo governo federal e pelo Comitê Rio 2016, os torcedores e atletas ainda contarão com o atendimento de um time de três mil voluntários durante os Jogos Olímpicos e 1,5 mil durante os Jogos Paralímpicos.
“Um evento como esse é feito com voluntários. Esse é um outro legado importante que os Jogos vão deixar para o Rio e para o Brasil. Todos estarão distribuídos entre os postos médicos e nos locais de competição. Temos, ainda, uma policlínica dentro da Vila dos Atletas. Com isso montamos um esquema de atendimento, onde o objetivo maior é atender ao atleta, sem tirá-lo da rotina de treinamento e competição”, explicou João Grangeiro, diretor médico do Comitê Organizador Rio 2016.
A expectativa é que mais de 90% dos atendimentos nas áreas de competição sejam resolvidos no próprio local. Fora das arenas, segue-se o atendimento usual pelos componentes do SUS (UBS, UPA e hospitais). Para casos de emergência com múltiplas vítimas, foram disponibilizados 235 leitos de retaguarda só no município do Rio de Janeiro. Do total, são 135 federais, 50 municipais e 50 estaduais.
“Trata-se de uma união de esforços das três esferas de governo. É uma união do país. As ambulâncias serão de grande serventia. Temos uma frota envelhecida e esperamos que grande parte da frota, dos 146 veículos entregues, permaneça na capital e no interior do Rio, integrando o SUS, junto com os aparelhos de ressonância magnética que vamos receber. Queremos que esses equipamentos fiquem como legado para o Rio de Janeiro”, declarou o secretário de Estado de Saúde, Luiz Antônio Teixeira.
Monitoramento
Durante os Jogos, o Centro Integrado de Operações Conjuntas (CIOCS) irá monitorar as situações de risco, a demanda por atendimento, a vigilância epidemiológica e sanitária, além de coordenar respostas diante de emergências em saúde pública. O local funciona direto do Centro de Operações Rio (COR). As demais cidades que receberão as partidas olímpicas de futebol (Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Manaus) adotarão o mesmo modelo de monitoramento, que é utilizado desde 2011 no país e já foi ativado em eventos como a Copa do Mundo e Jornada Mundial da Juventude.
Durante a Copa, por exemplo, foi possível verificar que apenas 0,2% dos participantes necessitaram de algum tipo de atendimento de saúde fora das arenas. A estimativa internacional é que entre 1% e 2% do público em eventos de massa necessite de algum cuidado médico e apenas 0,2% a 0,5% tenha necessidade de transferência para serviços de maior complexidade. Com isso, durante todo o período dos Jogos é possível calcular cerca de 20 mil atendimentos e 700 remoções.
A Força Nacional do SUS também estará com equipes de prontidão (médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem) no Hospital Geral do Exército, para emergências em saúde, com capacidade para montar três tendas para atendimento, além de sete leitos de UTI.
Além da contratação de 2,5 mil profissionais de saúde temporários e de 3,5 mil agentes de endemia externos, para inspecionar e eliminar focos da dengue, o Ministério da Saúde realizou uma série de capacitações e compra de equipamentos médicos. Também foram investidos R$ 320 mil para compra de equipamentos de proteção individual (EPI), R$ 2,5 milhões para aquisição de antídotos para emergência com materiais químicos, biológicos, radiológicos e nucleares (QBRN). Além disso, 1,7 mil profissionais foram capacitados para emergências em QBRN, sendo 377 na cidade do Rio de Janeiro.
Aplicativo Guardiões da Saúde
O Ministério da Saúde disponibilizou recentemente o aplicativo Guardiões da Saúde. A ferramenta de vigilância participativa ajuda no monitoramento da saúde pública, uma vez que será possível mapear a ocorrência de sintomas similares relatados em determinadas localidades. Desde março deste ano, o aplicativo já recebeu mais quatro mil declarações de situação de saúde pela população.
Ao informar a condição de saúde e algum sintoma de doença, o cidadão é orientado a procurar um serviço de atendimento. A ferramenta permite verificar a UPA mais próxima por meio de GPS, além de identificar farmácias na região. É possível fazer o download do aplicativo, gratuitamente, nas lojas virtuais Play Store e Apple Store, além do acesso pela web.
A versão para os Jogos Olímpicos conta com um visual novo, além de um Quiz com curiosidades sobre diversos temas da área da saúde. A cada resposta correta, o cidadão avança na corrida e pode conhecer mais sobre modalidades esportivas. O aplicativo está disponível nos idiomas oficiais da ONU: francês, inglês, espanhol, japonês, russo e árabe, além do português.
Outra ação é o novo portal Saúde do Viajante com orientações para os brasileiros e turistas sobre cuidados e prevenção.
Com informações do Ministério da Saúde