Torcedores do Atlético Nacional se unem à vigília no estádio da Chapecoense
Desde o acidente aéreo da última terça-feira (29), as arquibancadas da Arena Condá, estádio da Chapecoense, se transformaram em um local de vigília dos torcedores do clube. O grupo de pessoas que compartilha da tristeza pela morte de tantos ídolos ganhou hoje (2) o reforço de dois colombianos, torcedores do Atlético Nacional de Medellín — clube contra quem a Chape iria jogar na quarta-feira (30) pela final da Copa Sul-Americana.
Os colombianos Daniel Ojeda e Fernando Bolaño se unem aos torcedores que fazem vigília no estádio da Chapecoense (Imagem: Daniel Isaia/Agência Brasil)
“Ao tomarmos conhecimento da tragédia, não pudemos deixar de nos colocar no lugar dos nossos irmãos da Chapecoense. Tomamos a decisão de vir até aqui para prestar uma ajuda, ou apenas para mostrar a essas pessoas que estamos com elas”, afirmou Daniel Ojeda. Ele disse que está acostumado a viajar com o amigo Fernando Bolaño para torcer pelo time de Medellín em competições internacionais. Ambos pretendiam assistir à partida decisiva em Chapecó.
Na Arena Condá, a dupla foi recebida com carinho pelos catarinenses, que fizeram questão de agradecê-los pela homenagem que os colombianos prestaram aos mortos no acidente. Na noite de quarta-feira, dezenas de milhares de pessoas lotaram o estádio onde seria a partida entre as equipes colombiana e brasileira, em memória das vítimas da tragédia.
Os dois torcedores do Atlético Nacional contaram que o time da Chapecoense também foi lembrado em Bogotá, onde moram. “Fizemos homenagens por todo o país. Nós, colombianos, gostamos muito de futebol e somos muito carinhosos também”, afirmou Bolaño. Ele pediu que os brasileiros vejam o povo da Colômbia como irmãos, e não com a ideia preconceituosa de que são todos envolvidos com o narcotráfico.
Em Chapecó, os amigos reforçaram as intenções manifestadas pelo Atlético Nacional de Medellín de que seja feita uma parceria entre o clube colombiano e a Chapecoense para ajudar o time brasileiro a se reerguer. “Nós somos representantes da nação Verdolaga. Estamos conectados pelas nossas cores, verde e branco. Acima de tudo, somos irmãos”, disse Bolaño.
Edição: Juliana Andrade